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Mercado hoje: Petrobras (PETR3; PETR4) encerra primeiro trimestre com lucro líquido 38% menor, enquanto IRB (IRBR3) eleva lucro em quase 10 vezes

Natura, Itaúsa, Hapvida e B3 também divulgam resultados

Mercado hoje: Petrobras (PETR3; PETR4) encerra primeiro trimestre com lucro líquido 38% menor, enquanto IRB (IRBR3) eleva lucro em quase 10 vezes
O Ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

Os destaques da agenda econômica desta terça-feira (14) são a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e dos dados de serviços no País.

No exterior, as atenções se voltam para o índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos em abril, além da presença do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, em discussão com banqueiros na Holanda, com possíveis pistas sobre o futuro da política monetária americana.

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, 37,9% a menos do que há um ano e 16,8% abaixo do Previas Broadcast. A receita de vendas no período caiu 15,4%, para R$ 117,72 bilhões, e o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos), que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 60 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 17,2% contra igual período de 2023, e recuo de 10,2% em relação ao quarto trimestre de 2023.

A empresa aprovou a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 13,45 bilhões (cerca de US$ 2,6 bilhões) relativos ao resultado do primeiro trimestre de 2024, ou R$ 1,04 por ação, com data de ‘ex’ direitos em 12 de junho. O montante veio abaixo do esperado por casas como o Citi (que esperava US$ 3 bilhões em dividendos ordinários), e Itaú BBA (que tinha expectativa em torno dos US$ 3,5 bilhões).

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O American Depositary Receipt (ADR, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Petrobras registra queda de 2,00% no pré-mercado de Nova York, a despeito da estabilidade nas cotações do petróleo.

O Citi já esperava uma reação negativa do mercado, mencionando que o balanço veio abaixo do esperado e reiterando visão mais conservadora sobre a tese por conta de: risco de alocação de capital, tendência de preços de petróleo mais fracos e menor rendimento de dividendos e fluxo de caixa livre para a empresa (FCF).

O Ebitda ajustado recorrente de US$ 12,4 bilhões da Petrobras (-17% na comparação trimestral, -15% ante um ano) ficou 6% abaixo das estimativas da XP, enquanto o lucro líquido de US$ 4,8 bilhões ficou em linha (-2% ante a previsão da casa). Apesar dos números mais fracos do que o esperado, a casa destaca que a estatal continua gerando fluxo de caixa livre substancial.

Natura (NTCO3)

A Natura&Co registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 935,126 milhões no primeiro trimestre, alta de 43,39% contra o prejuízo líquido de R$ 652,154 milhões de igual período do ano anterior. O Ebitda consolidado ajustado totalizou R$ 682,8, um avanço de 4,1% ante o reportado no mesmo intervalo do ano passado.

A XP considerou os resultados mistos, “com uma performance de rentabilidade melhor na América Latina ofuscada por baixas de estoque, um desempenho fraco na Avon Internacional e ajustes cambiais da Argentina”.

Itaúsa (ITSA3)

A Itaúsa reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,585 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 38,1% em relação ao intervalo equivalente de 2023. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 17,6%, alta de 3,4 pontos percentuais. A companhia informou também que elegeu Raul Calfat como novo presidente do Conselho de Administração (CA), em substituição a Henri Penchas.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida apresentou lucro líquido ajustado de R$ 506,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 1.433,6% ante o mesmo período de 2023, quando registrou R$ 33,1 milhões. O Ebitda ajustado ficou em R$ 1,011 bilhão, o maior valor desde a combinação de negócios com a NotreDame Intermédica (GNDI3), crescimento de 59,4%.

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Os resultados foram considerados fortes pelo Bradesco BBI, com o lucro líquido excluindo a reversão de bônus superando a expectativa da casa em 25% e o Ebitda 9% acima do esperado. Segundo o banco, as menores despesas financeiras impulsionaram ainda mais o resultado líquido.

Raízen (RAIZ4)

A Raízen registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 178 milhões no quarto trimestre do ano-fiscal 2023/24, que compreende o período entre 1° de janeiro e 31 de março de 2024, e reverteu o lucro de R$ 2,52 bilhões de igual intervalo da safra anterior.

O prejuízo líquido sem ajustes do período foi de R$ 879 milhões, ante lucro de R$ 2,663 bilhões de igual intervalo de 2022/2023. O Ebitda foi de R$ 3,686 bilhões, queda de 37,7%.

A empresa também divulgou projeções financeiras e operacionais do ano-safra 2024/25, que se iniciou em 1º de abril de 2024 e se encerrará em 31 de março de 2025, com previsão de Ebitda ajustado de R$ 14,5 bilhões a R$ 15,5 bilhões para o período.

Even (EVEN3)

A incorporadora Even teve lucro líquido de R$ 64,939 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa um aumento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda chegou a R$ 101,519 milhões, crescimento de 23,0%. A companhia também aprovou R$ 100 milhões em dividendos, a R$ 0,50289913 por ação com data de “ex-dividendos” a partir de 17 de maio.

IRB (IRBR3)

O IRB Re registrou lucro líquido de R$ 79,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de quase dez vezes em relação ao resultado líquido do mesmo período do ano passado. O ressegurador afirma que este salto é fruto da limpeza da carteira de resseguros, que ampliou o resultado agregado dos contratos e reduziu a sinistralidade.

A Genial Investimentos afirma que o balanço mostrou uma melhora relevante, com o lucro líquido recorrente superando as expectativas da casa em 7,4%. “Apesar desse avanço, a rentabilidade (ROE) ainda se mantém modesta, alcançando apenas 7,4%, consideravelmente abaixo de seu custo de capital estimado entre 15 e 17%”, pondera.

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Uma das ações mais afetadas pela crise climática no Rio Grande do Sul, conforme mostrou o Broadcast na semana passada, o IRB afirma que ainda não é possível estimar os impactos das enchentes sobre os resultados, dado que o evento climático ainda está acontecendo e, neste momento, a prioridade no Estado é a de resgatar a população afetada. Segundo executivos do mercado ouvidos pelo Broadcast, o volume de indenizações para a indústria de seguros como um todo pode chegar a R$ 10 bilhões ou mais.

Bradespar (BRAP4)

A Bradespar encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 343,098 milhões, montante 55,3% menor que o apurado um ano antes. A receita operacional da empresa totalizou R$ 339,720 milhões entre janeiro e março, um recuo de 55,2%% ante o apurado em igual etapa de 2023.

Stone (STOC31)

A Stone encerrou o primeiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 450 milhões, o que representa um crescimento de 90% em relação ao mesmo intervalo de 2023. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,512 bilhão, um crescimento de 20,8%.

O Safra considera que os resultados da Stone no primeiro trimestre foram “poluídos” por diferentes fatores, o que fez com que o lucro operacional da empresa ficasse 4% abaixo do esperado pelo banco. Entretanto, a casa afirma que sem estes efeitos, os resultados teriam vindo em linha com as expectativas, sem gerar preocupações quanto ao guidance da empresa.

CSN (CSNA3)

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atualizou guidance (projeção) para 2024 no que diz respeito à alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/Ebitda Ajustado de um patamar abaixo de 2,00 vezes para um nível de 2,50 vezes no fechamento do balanço anual de 2024.

B3 (B3SA3)

A B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 25,577 bilhões em abril deste ano, queda de 0,1% na comparação com igual mês de 2023. Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 24,653 bilhões na média diária, ainda registrando queda anual de 0,2%.

JHSF (JHSF3)

A JHSF assinou um acordo com o fundo imobiliário (FII) XP Malls para a venda de participações minoritárias em quatro shoppings, no valor de R$ 443,1 milhões. Além disso, a companhia acertou a alienação de 32,5% de veículos de investimentos com participação no Shops Faria Lima.

Minerva (BEEF3)

A Minerva recebeu habilitação para exportar carne bovina ao Canadá a partir de três unidades localizadas no Paraguai: Frigomerc, San Antonio e Belén. Essas plantas, combinadas, possuem capacidade de abate de aproximadamente 6,3 mil cabeças por dia.

Terra Santa Agro (LAND3)

A Terra Santa Propriedades Agrícolas obteve lucro líquido de R$ 6,4 milhões no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 21,4% ante igual intervalo de 2023. O Ebitda recuou 13,7%, para R$ 13,17 milhões.