A Genial Investimentos rebaixou a recomendação de Auren (AURE3) de compra para “manter”, além de ter cortado o preço-alvo de R$ 16 para R$ 15 após a teleconferência da companhia para explicar detalhes sobre a fusão com AES Brasil (AESB3), antecipada pelo Broadcast .
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Em relatório, os analistas Vitor Sousa e Israel Rodrigues explicam que a decisão tem como base o próprio valuation (valor do ativo, cálculo de em que é possível estimar o preço mais provável do ativo ou empresa em dado momento) implícito proposto pelo management da Auren nesse processo de incorporação, sem acreditar fazer sentido ter um preço-alvo acima de R$ 15 para o ativo. Considerando o fechamento do último pregão, na quinta-feira (16), o potencial de valorização é de 26%.
Para os analistas, a fusão pode ser uma oportunidade para que os acionistas de AES migrem para uma plataforma que a casa julga como mais robusta em termos de porte, com apropriação de sinergias, maior diversificação de fontes geradoras, redução do custo de capital e um controlador com bom histórico de gestão nesse tipo de ativo, considerando o turnaround da Cesp e histórico de desenvolvimento de projetos.
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No entanto, a casa alerta como aspecto negativo o prêmio a ser pago pelo ativo, restando pouco upside a ser apropriado pela sinergias com a fusão. “Se considerarmos o endividamento resultante dessa operação, achamos que a empresa não deve mais ser interpretada como um case de dividendos e passar a focar no seu turnaround/sinergias e desalavancagem”, resumem os analistas.
Em contrapartida, a casa analisa que o movimento pode favorecer especialmente o acionista da segunda no curto prazo, considerando próximo a 18% oferecido pelo ativo.
A Genial também alterou a recomendação de “manter” para “venda” das ações de AES, sem necessariamente esperar a conclusão da operação, em outubro de 2024, considerando que o preço a ser pago em caixa de R$ 11,56 por ação praticamente em linha com o preço-alvo de R$ 11,70 para AES. Considerando o fechamento do último pregão, o potencial de valorização é de 4%.
“Acreditamos que as ações vão negociar com ligeiro deságio em relação a proposta de R$ 11,55/ação tendo em vista o cronograma esperado para conclusão da operação e a taxa de juros vigente que o mercado acaba por descontar entre o anúncio da operação e seu término”, explicam os analistas.
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