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Banco Central divide em fases processo de regulamentação de criptoativos

Está no radar o desenvolvimento de uma consulta pública sobre as normas gerais da atuação dos prestadores 

Banco Central divide em fases processo de regulamentação de criptoativos
As criptomoedas são uma classe de ativos classificados pelos analistas como investimentos de alto risco (Foto: Envato Elements)

O Banco Central decidiu dividir em fases o processo de regulamentação do mercado de criptoativos e de prestadores de serviços de ativos virtuais. De acordo com nota divulgada pela autoridade monetária nesta segunda-feira (20) está no radar o desenvolvimento de uma segunda consulta pública sobre as normas gerais da atuação dos prestadores e dos processos de autorização dessas autoridades.

A regulação das criptomoedas foi definida como uma das prioridades do BC para o ano de 2024. Por isso, a autoridade monetária definiu os seguintes passos para avançar nesta iniciativa:

  •  Desenvolvimento de uma segunda consulta pública sobre as normas gerais de atuação dos prestadores e de autorização no segundo semestre;
  • Estabelecimento do planejamento interno em relação à regulamentação de stablecoins, em especial nas esferas de competência do Banco Central sobre pagamentos e o mercado de câmbio;
  • Desenvolvimento e aperfeiçoamento do arcabouço complementar para recepcionar as entidades (como a atuação das VASPs no mercado de câmbio, regulamentação prudencial, prestação de informações ao BC, contabilidade, tarifas, suitability).

Depois dessa etapa, as contribuições serão avaliadas para o fechamento das propostas normativas no final deste ano. O BC salientou que a regulamentação tem a finalidade de preservar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, por causa de regras relacionadas à Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Confrontação do Financiamento ao Terrorismo, o monitoramento de atividades suspeitas e a disciplina relacionada a aspectos prudenciais que os prestadores e outras instituições autorizadas desenvolvam.

O BC já tinha feito uma consulta pública, encerrada em janeiro e em processo de sistematização, que coletou colaborações sobre elementos técnicos. A autoridade monetária alegou que para “encontrar um balanço adequado entre a disciplina regulamentar robusta, em especial em relação à proteção dos investidores, e os incentivos à inovação, foram planejados passos graduais que envolvem consultas públicas junto à sociedade”.

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A legislação de 2022 determina que as chamadas VASPs (do inglês, Virtual Asset Service Providers) só funcionarão no Brasil mediante autorização do BC. Entre as atividades desempenhadas estão a oferta direta, a intermediação e a custódia de criptoativos. De acordo com a nota, haverá um processo de revisão e sofisticação gradual da iniciativa, acompanhando a evolução da compreensão dos reguladores e das ações propostas por organismos internacionais.

O BC, paralelamente e com o apoio de outros órgãos reguladores, como a CVM, deve ligar com aspectos relativos a ativos virtuais específicos, cujas características combinam o interesse e a competência de ambas as autarquias, bem como de outros órgãos de governo.