A Ágora Investimentos fez alguns ajustes em sua carteira Top Global recomendada para junho, como a inclusão dos BDRs (Brazilian Depositary Receipt, título emitido no Brasil que representa uma ação de companhia aberta sediada no exterior)
de Mercado Libre (MELI34) e rebalanceamento nos pesos de alguns ativos, aumentando em 5% a exposição ao ETF Ishare S&P 500 (IVVB11) e em 5% aos BDRs da Nvidia (NVDC34).
Já os BDRs de Albemarle Corp (A1LB34), Coca-Cola (COCA34) e Johnson & Johnson (JNJB34) foram retirados da carteira. O portfólio completo segue com Alphabet (GOGL34), iShare Russell 2000 (BIWM39), iShare Core MSCI EM (BIEM39) e Booking (BKNG34), com peso 10%, Nvidia (NVDC34) e Aura Minerals (AURA33), com peso 15%.
Em relatório divulgado nesta segunda-feira (3), a Ágora afirma que os investidores permanecem se questionando quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai dar início ao processo de flexibilização da política monetária – o que, para a casa, deve acontecer na reunião de dezembro, com um corte de 0,25 ponto porcentual nos Fed funds.
“No entanto, entendemos que não seja desprezível a chance deste início de corte de juros ocorrer em setembro, principalmente se os próximos dados de emprego e inflação mostrarem um cenário mais ameno”, acrescenta.
Mas a equipe de gestão da Ágora questiona por quanto tempo mais o mercado será complacente com o cenário de juros altos nos Estados Unidos, e avalia que uma “correção mais forte dos ativos globais” pode acontecer.
“Ainda evitamos apostas contrárias ao mercado americano neste momento, mantendo a nossa indexação ao S&P 500, enquanto continuamos adotando algum nível de proteção com a exposição ao ouro (por meio das BDRs da Aura Minerals) – uma estratégia que até então vem se provando acertada”, descreve a equipe de gestão da Ágora.
Em maio, a carteira Top Global apresentou alta de 9,99%, ante avanço de 7,32% do BDRX, seu índice de referência.