Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caíram pela quarta sessão consecutiva, nesta terça-feira (4), e tocaram os menores níveis em várias semanas. O relatório Jolts trouxe nova evidência de arrefecimento do mercado de trabalho dos Estados Unidos e consolidou a aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) abrirá o ciclo de relaxamento monetário em setembro.
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No fim da tarde em Nova York, o rendimento da T-note de 2 anos cedia a 4,470%, da T-note de 10 anos baixava a 4,326% e o do T-bond de 30 anos caía a 4,474%. Nas mínimas do dia, as taxas de 2 e 10 anos atingiram os níveis mais baixos desde 16 de maio, enquanto a de 30 anos tocou menor valor desde 10 de abril.
O Jolts mostrou que a abertura de postos de trabalho nos EUA diminuiu para 8,059 milhões em abril, abaixo da previsão de analistas e também da leitura de março. É mais um indício de que o vigor da maior economia do planeta dá sinais de esgotamento, depois de números mais enfraquecidos da indústria, do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação PCE nos últimos dias.
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Como resultado, a curva futura ampliou a precificicação de que o Fed entregará dois cortes de juros em 2024 a partir de setembro, conforme apontou a plataforma de monitoramento do CME Group.
O quadro geral impôs pressão aos retornos da renda fixa americana, em um movimento amplificado pela desvalorização firme do petróleo. “A queda ajudou a aliviar ainda mais os receios sobre as pressões inflacionárias e aumentou a sensação de que os cortes nos juros estão cada vez mais próximos”, explica o Deutsche Bank.