As ações da Braskem (BRKM5) lideram as poucas perdas do Ibovespa nesta quinta-feira (6), configurando o único ativo a cair mais de 1% na carteira. Às 13h35, os papéis cedem 2,68%, cotados a R$ 18,17. O principal índice da B3, por sua vez, avança 1,30%, aos 122.986 pontos, no mesmo horário.
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Apesar da queda expressiva, os ativos reagem em meio ao otimismo do mercado. Nesta manhã, o Ibovespa chegou a operar com 100% de sua carteira no positivo, após a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros na região.
Além disso, o petróleo oferece certo ânimo aos ativos relacionados à commodity, com alta de 2,19% no WTI e 2,02% no Brent.
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Para Gabriel Meira, especialista e sócio da Valor Investimentos, o recuo reflete a indicação do ex-ministro Guido Mantega para ocupar o Conselho de Administração da Braskem. “A fitch reafirmou o rating para as ações da Braskem e retirou as obervações negativas. Então, teoricamente, era para ser algo positivo para a empresa hoje. No entanto, há um fantasma assombrando: a possível indicação do Mantega, podendo gerar alguma interferência estatal”.
O analista avalia condição neutra para os papéis. “As ações da Braskem estão com problema há muito tempo, fora da recomendação de casas de análise. As pessoas têm esperado resolver essa questão da indicação”.
Já Artur Horta, especialista em investimentos da GFT Capital, acredita que a mudança da perspectiva da Fitch pode impactar as ações. “O recuo reflete, principalmente, a expectativa da Fitch de manutenção de spreads (diferença entre o preço de compra e o preço de venda) petroquímicos baixos”. “Existia uma expectativa de melhora no cenário para as empresas desse setor por conta da entrada de ofertas, mas essa avaliação da Fitch ainda pesa — a agência removeu a observação negativa das notas de emissor em moeda local e estrangeira (IDRs) e à escala nacional, mas atribuiu uma perspectiva negativa e estável a elas respectivamente”.
Para Horta, as ações não estão atrativas para o investidor por causa do cenário petroquímico de spreads mais baixos. “Nós estamos vivenciando baixa da demanda por produtos petroquímicos diante da crise imobiliária na China“.
*Com informações do Broadcast
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