A oferta de ações que deve privatizar a Sabesp (SBSP3) pode superar os R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que o mercado comenta como provável a ser movimentado e liderar outras ofertas do setor de saneamento na Bolsa, segundo o presidente da B3, Gilson Finkelsztain.
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“Me parece que R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões é o piso do follow-on (oferta subsequente) de Sabesp e o governo do Estado de São Paulo está muito comprometido em que a companhia seja uma empresa de referência de saneamento e ocupe esse espaço, de liderar o movimento para que outras empresas sejam listadas e atraiam capital”, afirmou em conversa com o Broadcast, paralelamente ao evento da Anbima e B3 sobre mercado de capitais, em São Paulo.
Segundo ele, esse movimento de acesso ao mercado de ações por empresas de saneamento é “emblemático” e “urgente”. “O setor pode ser considerado o maior projeto social do Brasil”, acrescenta.
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Na terça-feira à noite, a Sabesp informou que foi aprovado pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) a manutenção pelo Estado de São Paulo de um mínimo 18% do capital social da empresa, podendo ser superior a depender das condições do mercado. Também anunciou que a oferta pública deverá visar a selecionar um investidor profissional para atuar como investidor de referência da Sabesp após a desestatização, por meio da alocação prioritária de ações ordinárias representativas de 15% do capital social da companhia. Esses detalhes eram aguardados e as ações da companhia subiram mais de 8% até esta tarde.
Até o ano passado, havia expectativa de companhias como a Aegea e Iguá estreassem em Bolsa, com oferta iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), mas com a mudança de expectativas em relação à taxa de juro no exterior e o Brasil, esse cenário mudou.