A última sessão da semana começa com ajustes nos principais mercados, depois de um dia mais positivo na última quinta-feira, quando o Banco Central Europeu (BCE) cortou os juros básicos da região pela primeira vez em quase cinco anos – confira detalhes do ajuste neste texto.
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Assim, o que se vê na agenda econômica desta sexta-feira (7) são bolsas europeias em leve baixa e índices futuros de Nova York com oscilações discretas – é válido notar, porém, que o principal balizador do dia ainda não foi conhecido: os dados de emprego nos Estados Unidos, medidos pelo payroll, que devem direcionar as apostas para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Enquanto isso, em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) têm leve alta, o dólar opera em ligeira queda, os contratos futuros do petróleo caminham para uma nova queda semanal, depois do plano inesperado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de reverter parte dos cortes de produção este ano, levando alguns membros da aliança a tranquilizar os investidores de que estão comprometidos com a estabilidade, ao passo que os preços futuros do minério de ferro tiveram uma pequena desvalorização adicional na madrugada em Singapura.
Assim como no exterior, o rumo dos negócios locais deve ser pautado pelos resultados do payroll, que serão conhecidos antes da abertura dos negócios à vista. Alternativamente, entre os fatores domésticos, crescem as movimentações de entidades e associações contrárias à Medida Provisória 1.227/2024, apresentada pelo Governo Federal, que limita o uso de créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) – sugerindo ainda incertezas e limitando uma recuperação sustentada dos preços dos nossos ativos por enquanto.
Agenda econômica
Brasil: Foi conhecido logo cedo o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, que avançou 0,87% no mês, ante alta de 0,72% em abril, e os números de produção e vendas de veículos em maio estão previstos às 10h.
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Entre os eventos da sessão, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto (10h30) e os diretores Paulo Picchetti (9h) e Gabriel Galípolo (12h) proferem palestras em eventos públicos. Além disso, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o CEO do Santander (SANB11) (14h), Mário Leão, e gestores de fundos de investimentos em São Paulo para discutir perspectivas e estratégias para a condução da economia.
EUA: Destaque absoluto para a publicação do relatório oficial de empregos, o payroll (9h30), sendo que a expectativa é de que ele mostre a geração de 185 mil postos de trabalho no mês passado, de 175 mil vagas em abril. Além dele, serão publicados os dados de abril sobre estoques no atacado (11h) e de crédito ao consumidor (16h).
Europa: A presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa novamente (11h15). Mais cedo, dados revelaram que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no primeiro trimestre ante o quarto trimestre de 2023, segundo a nova revisão divulgada pela Eurostat. Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 0,4% entre janeiro e março. Em ambos os casos, os dados confirmaram duas estimativas preliminares anteriores e vieram em linha com as previsões.
China: As exportações tiveram alta de 7,6% em maio ante igual mês do ano passado, após subirem 1,5% em abril, superando a expectativa de avanço de 5,3%. Também no confronto anual, as importações registraram alta de 1,8% em maio, após o avanço de 8,4% em abril, também além do consenso de alta de 4,7%. Como resultado, o país acumulou superávit comercial (quando as exportações superam as importações do país) de US$ 82,62 bilhões em maio, maior do que o saldo positivo de US$ 72,4 bilhões de abril e também acima da projeção de US$ 71,1 bilhões.
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