O Goldman Sachs avaliou, em relatório, que a eventual adoção de medidas antidumping pela China contra a carne suína importada da União Europeia terá impacto limitado sobre a BRF (BRFS3). “Embora essa situação possa eventualmente direcionar alguns volumes para o Brasil, a combinação de uma produção doméstica robusta e condições macroeconômicas suaves na China pode continuar a limitar os preços internos de proteínas”, avaliaram os analistas.
Leia também
O Goldman Sachs também afirmou que, durante uma recente viagem à China, foi constatado que a produção doméstica de suínos no país está de volta aos níveis históricos e que uma rodada extra de engorda de animais pode estar em andamento. Além disso, destacou a estimativa de que as exportações de carne suína para a Ásia representem no máximo 5% dos volumes da BRF.
Na última segunda-feira (17), o Ministério do Comércio da China anunciou que conduz uma investigação antidumping sobre carne suína e subprodutos importados da União Europeia, após denúncia da Associação de Pecuária da China. A administração chinesa espera concluir a diligência até junho de 2025, mas pode tomar medidas provisórias se encontrar evidências de possíveis irregularidades.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Desde o anúncio das investigações, as ações dos frigoríficos brasileiros se valorizaram, com altas superiores às do Ibovespa, liderados pela BRF. A recomendação da Goldman Sachs para a BRF é neutra, com preço-alvo de R$ 19,50. Às 10h14 desta sexta-feira (21), tinha alta de 0,10%, para R$ 20,33.