O dólar hoje exibe queda no mercado à vista, alinhado ao movimento no exterior diante da alta de commodities e após ter subido nas últimas três sessões, a R$ 5,70 na máxima intradia na terça-feira (2). Por volta do meio-dia desta quarta-feira (3), o dólar à vista caía 1,71%, a R$ 5,568, tendo atingido a mínima do dia até agora a R$ 5,564.
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O mercado local opera sob expectativas também por eventual leilão de dólar do Banco Central (BC), após rumores sobre consulta de demanda cambial na terça-feira à tarde, e pelas reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da desvalorização do real, acumulada em 16% neste ano, e medidas de ajuste fiscal. Operadores relatam otimismo com possível anúncio de medidas de corte de gastos, mas ponderam que o movimento é frágil.
O alívio no câmbio contribui para ligeiro recuo da curva de juros em meio à leitura dos dados da produção industrial brasileira e da relativa estabilidade dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa) intermediários e longos em Nova York.
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No foco local está a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, no Palácio da Alvorada para discutir a política fiscal nesta manhã. À tarde, haverá outra reunião de Lula com ministros da área econômica, Casa Civil e gestão para discutir ainda o que fazer em relação à alta do dólar e o quadro econômico e fiscal (16h30).
A produção industrial brasileira caiu 0,90% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi menor que a mediana do mercado, de -1,6%. Segundo o IBGE, quedas em veículos e alimentícios refletem impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.
Em relação a maio de 2023, a produção caiu 1,00%, menos também que a mediana de -2,1% das projeções do mercado. No acumulado do ano, a indústria teve alta de 2,50% e, em 12 meses, subiu 1,30%, ante avanço de 1,50% até abril. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou baixa de 0,229% em maio.
O Palácio do Planalto confirmou nesta quarta-feira (3) o plano safra da agricultura familiar 2024/25 de R$ 76 bilhões ao crédito rural.
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No exterior, o dólar ampliou a queda ante moedas rivais após o relatório de emprego no setor privado dos Estados Unidos (ADP). O setor privado americano criou 150 mil empregos em junho, abaixo da estimativa de analistas consultados pela FactSet, de 163 mil postos.
O Japão vai lançar um novo tipo de título com juro flutuante, que ajudará investidores a mitigar riscos relacionados ao avanço dos rendimentos de títulos públicos, segundo duas fontes do governo, disseram à Reuters, em uma sinalização de que o Banco do Japão (BoJ) está se preparando para voltar a elevar juros.
A recuperação econômica da zona do euro será irregular e desigual, segundo indicam os Índice de Gerentes de Compras (PMIs) finais do bloco referentes a junho, diz a Oxford Economics. Em nota a clientes, a consultoria também avalia que os indicadores antecedentes dos últimos meses sugerem “alguns riscos de baixa” para o crescimento no segundo trimestre.
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