O ouro registrou ganho de mais de 1%, nesta quarta-feira (3), apoiado por indicadores modestos divulgados hoje nos Estados Unidos, que ampliavam a leitura de que existe desaceleração econômica no país. O recuo do dólar colaborou para apoiar as compras, enquanto os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) também caíram – o metal e os bônus concorrem como opção de investimento seguro.
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O ouro para agosto fechou em alta de 1,54%, em US$ 2.369,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços dos EUA recuou de 53,8 em maio a 48,8 em junho, segundo o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), quando analistas ouvidos pela FactSet previam 52,5.
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Outros sinais da economia também não empolgaram, e na avaliação da Pantheon o quadro apontava para desaceleração econômica e da inflação, o que permitiria cortes de juros mais adiante pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O resultado hoje foi pressão sobre o dólar e os juros dos Treasuries, o que colaborou para o impulso do ouro.
Na avaliação de Peter Cardillo, da Spartan Capital, o ouro pode avançar a US$ 2.400 a onça-troy. Investidores também estão atentos ao quadro político nos Estados Unidos, com aumento na percepção de que Donald Trump pode conseguir um segundo mandato na Casa Branca, após o desempenho do presidente Joe Biden no debate entre eles.
Com informações da Dow Jones Newswires