O início da semana foi de cautela para as principais bolsas globais, com investidores balanceando as apostas para os dados de inflação que serão divulgados nos próximos dias e atentos aos discursos das principais autoridades monetárias. Nos Estados Unidos, os juros futuros encerraram a sessão com viés de baixa – principalmente nos vencimentos mais longos –, enquanto os índices acionários apresentaram sinais mistos e com amplitude limitada. Já na Europa, as bolsas também não tiveram direção única, refletindo um cenário geopolítico ainda incerto, com um parlamento francês fragmentado após as eleições, além da nova composição do governo no Reino Unido. Entre as commodities, após queda do minério de ferro de 3,34% nesta madrugada em Dalian, corrigindo parcialmente a alta da semana passada com investidores questionando a continuidade da recuperação do setor imobiliário chinês, o petróleo caiu quase 1% com foco nos efeitos do furacão Beryl.
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Por aqui, diante da ausência de notícias relevantes, o leve aumento das expectativas de inflação apresentado no Boletim Focus ganhou protagonismo, apoiando o avanço de 0,26% do dólar frente ao real, cotado a R$ 5,48, enquanto os juros futuros ficaram estáveis. Na bolsa, a sessão foi marcada por realização parcial de lucros das últimas cinco altas seguidas do Ibovespa, em movimento favorecido pela queda das commodities e de papéis ligados ao ciclo econômico. Por outro lado, o anúncio de aumento nos preços da gasolina pela Petrobras trouxe alívio ao índice, ao reduzir temores de intervenção política na estatal e se somar aos gestos de apaziguamento das tensões com o mercado dados pelo governo na semana passada. No final, o principal índice da B3 subiu 0,22% aos 126.548 pontos, com giro financeiro de R$ 19 bilhões.
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