O Santander (SANB11) reiterou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a SLC Agrícola (SLCE3) e elevou o preço-alvo de R$ 28 para R$ 31 em relatório divulgado nesta segunda-feira (8). De acordo com o banco, a revisão deve-se aos dados apresentados durante o Farm Day 2024, evento realizado no último dia 3 em Goiás, no qual a empresa compartilhou com acionistas, analistas de mercado e stakeholders expectativas de custos mais baixos para a temporada 2024/25, com insumos mais baratos, e de rendimentos para a soja até 70 sacas por hectare.
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“Embora a SLC não tenha anunciado novos contratos de arrendamento, continuamos construtivos de que as condições de mercado poderão permitir à empresa anunciar áreas adicionais até o fim de julho”, disseram os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata em nota. A instituição ainda aumentou a expectativa de Ebitda para a SLC em 4%, para R$ 2 bilhões.
Apesar da expectativa de maiores rendimentos na soja, em virtude do La Niña, o Santander ainda espera que o mix de culturas permaneça inalterado, com SLC maximizando as áreas de algodão. “No aspecto de hedge, o real mais desvalorizado deverá compensar os preços internacionais mais baixos do algodão, sendo positivo líquido para a empresa”, acrescentaram os analistas.
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De acordo com a instituição financeira, além de já ter atendido praticamente todas as suas necessidades de fertilizantes e produtos químicos para a temporada 2024/25, antes da recuperação dos preços dos insumos, a SLC ainda reforçou a sua estratégia de crescimento de áreas arrendadas, visando a arrendamentos que contabilizassem 66% a 75% do total do banco de terras. A companhia também compartilhou uma perspectiva de preços positiva para as terras no Maranhão e na Bahia, que se tornaram viáveis por investimentos em irrigação, e com expectativa inclusive de superar a valorização de terras em Mato Grosso.
Durante o evento, a SLC ainda se comprometeu em reduzir sua aplicação de produtos químicos, substituindo-os por biológicos. Além disso, pretende atingir uma taxa de economia de produtos químicos de 25% com aplicações diretas. A empresa também aumentou a participação de produtos biológicos em seu kit de proteção de cultivos, ”o que deverá ajudar a reduzir custos e manter um ecossistema equilibrado”, concluíram os analistas.