O que este conteúdo fez por você?
- Powell mencionou melhora na inflação dos EUA, mas ainda acima da meta de 2%
- Expectativas de mudanças na política monetária do Fed aumentam
- No Brasil, o feriado em São Paulo reduziu a movimentação do mercado
O dólar hoje fechou o pregão negociado a R$ 5,415, o que representa queda de 1,11%. O valor desse fechamento, abaixo de R$ 5,45, não era registrado desde o dia 24 de junho, quando a moeda americana custou R$ 5,3928. O que impacta o dólar nesta terça-feira (9) é o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.
Powell mencionou ao Congresso que, embora a inflação nos Estados Unidos ainda esteja acima da meta de 2%, houve uma melhora nos últimos meses. Ele indicou que novos dados positivos podem justificar cortes nas taxas de juros. A redução da inflação em direção à meta, segundo ele, é fundamental para flexibilizar a política monetária. Powell destacou a falta de progresso no início do ano comparada à recente melhora, o que fortalece a confiança na diminuição contínua das pressões inflacionárias. Ele também expressou preocupação com os riscos para o mercado de trabalho e a economia se as taxas permanecerem altas por muito tempo.
O presidente do Fed observou ainda que o mercado de trabalho está “totalmente de volta ao equilíbrio” e que, com o avanço no controle da inflação, cortes nas taxas de juros se tornarão necessários. Na sexta-feira anterior, dados de emprego nos EUA mostraram um mercado de trabalho em equilíbrio. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) será divulgado nesta quinta-feira, seguido pelo índice de preços ao produtor na sexta-feira.
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As declarações de Powell aumentam as expectativas de mudanças na política monetária do Fed após a reunião de 30 a 31 de julho, podendo levar a um corte nas taxas em setembro. A chance de um corte em setembro agora é estimada em cerca de 70% pelo mercado.
No cenário doméstico, o dia teve baixa movimentação devido ao feriado municipal de 9 de Julho, que comemora a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo. A atenção está voltada para os novos dados de inflação, que serão revelados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta quarta-feira (10). Além disso, o foco está na votação da regulamentação da reforma tributária, prevista também para ocorrer nesta quarta.
O mercado ainda repercute o anúncio do novo aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras, com efeito a partir de hoje. O preço do diesel não sofreu reajuste. O litro da gasolina terá um aumento de R$ 0,20, passando a custar R$ 3,01, enquanto o gás de cozinha de 13kg subirá R$ 3,10, totalizando R$ 34,70. Esse reajuste na gasolina representa uma alta de 7,11%. A variação deve se refletir em um aumento de 2,50% no preço final para o consumidor e impactar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, em julho.
O que impactou o dólar hoje? Entenda em 11 pontos
- O dólar fechou em R$ 5,415, queda de 1,11%, o menor valor desde 24 de junho.
- O discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, influenciou a cotação.
- Powell mencionou melhora na inflação dos EUA, mas ainda acima da meta de 2%.
- Sugeriu que novos dados positivos podem levar a cortes nas taxas de juros.
- Powell também destacou a recuperação do mercado de trabalho e a necessidade de cortar taxas de juros para evitar riscos econômicos.
- Expectativas de mudanças na política monetária do Fed aumentam, com possível corte de taxas em setembro.
- No Brasil, o feriado em São Paulo reduziu a movimentação do mercado.
- O IPCA, índice de inflação, será divulgado na quarta-feira (10).
- A votação da regulamentação da reforma tributária também está prevista para quarta-feira.
- Aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha entrou em vigor hoje.
- A gasolina subiu R$ 0,20 por litro, impactando o IPCA em julho.