A primeira sessão da semana foi conduzida pelo noticiário externo e com tendências distintas para os ativos. Nos Estados Unidos, a consolidação das apostas na vitória de Donald Trump na corrida presidencial, após o atentado sofrido por ele no sábado, impulsionou os juros médios e longos dos Treasuries. Por trás do movimento, está a expectativa por uma pressão fiscal e inflacionária em eventual gestão do partido Republicano, a partir da redução de impostos e imposição de prováveis medidas protecionistas. Além disso, observou-se também um movimento de venda de papéis do Tesouro americano, para compra de ações de setores que possivelmente se beneficiariam com a nova gestão Trump, como a indústria pesada, setor financeiro e tecnologia – e nesse sentido, apesar do aumento nos prêmios dos Treasuries, os índices de Nova York encerraram o dia em alta. Já na Europa o dia foi de queda para as bolsas, interrompendo os ganhos vistos nos três últimos pregões, com o
setor de luxo sob pressão após resultado decepcionante da Burberry e dados chineses mais fracos.
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Por aqui, a valorização dos índices americanos bem como das ações da Petrobras e da Suzano, levou o Ibovespa à décima primeira alta consecutiva. Na sessão, o principal índice da B3 subiu 0,33%, aos 129.321 pontos, com avanço de 0,25% do dólar frente ao real, cotado a R$ 5,44. Na curva de juros doméstica, o movimento de alta foi alinhado ao dos Treasuries, tendo ainda como pano de fundo as persistentes incertezas fiscais diante do impasse nos projetos de desoneração da folha de pagamentos
e o da reoneração da dívida dos Estados.
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