Os eventos durante o final de semana aumentaram as apostas sobre a vitória de Donald Trump na corrida presidencial americana e, com isso, os mercados passam a precificar possíveis mudanças na política da maior economia do mundo –a sessão nos mercados asiáticos, por exemplo, refletiu a possibilidade de maior imposição de tarifas aos produtos chineses. Nos mercados ocidentais, a princípio, a reação é mista, com as principais bolsas da Europa em queda, enquanto os índices futuros do Nova York sugerem que os mercados à vista por lá renovarão máximas históricas novamente nesta segunda-feira (15).
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Em outros mercados, o dólar avança, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa) sobem (inclusive os rendimentos de dois e dez anos atingiram o maior nível desde janeiro), os contratos futuros do petróleo oscilam entre pequenos ganhos e perdas, enquanto os preços futuros do minério de ferro subiram 1,03% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 114,88 por tonelada.
Depois de dez altas seguidas, o fôlego do Ibovespa será testado nesta segunda-feira (15) e, neste sentido, o ambiente externo parece corroborar a continuidade do movimento -o EWZ, por exemplo, principal ETF do Brasil negociado em Wall Street, já operava em alta no pré-mercado. Internamente, o foco dos investidores segue em torno dos debates sobre as medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas –apenas na próxima semana.
Agenda econômica
China: O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano, ante igual período de 2023, abaixo das estimativas de 5,1%, indicando uma desaceleração em relação ao resultado do primeiro trimestre, de 5,3%. Já a produção industrial teve alta anual de 5,3% em junho, superando a expectativa (5%), mas as vendas no varejo avançaram 2% na comparação anual de junho, ante consenso de acréscimo de 3,2%. No próximo domingo, o PBoC (o Banco Central local) define juros de 1 e 5 anos.
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