As incertezas geopolíticas e a perspectiva de ampliação das restrições dos Estados Unidos sobre a venda de semicondutores da China impactam as ações de tecnologia e os fabricantes de chips em todo o mundo nesta quarta-feira. Em Nova York, por exemplo, a Nvidia e outras empresas do setor levam o Nasdaq a recuar mais de 2%, acelerando a rotação observada nos últimos dias em direção a setores como finanças e energia – o que, por sua vez, beneficia principalmente o índice Dow Jones. No mercado de juros, os Treasuries operam de forma volátil, sem uma tendência definida, apesar da expectativa de início dos cortes de juros em setembro. Na Europa, as bolsas fecharam o dia com sinais distintos, também sob pressão das ações de tecnologia e com cautela antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE) amanhã. O destaque da sessão foi Londres, que avançou após o governo trabalhista apresentar vários projetos com a intenção de “tirar os freios do Reino Unido”. Quanto às commodities, após um novo recuo do minério de ferro na China nesta madrugada, o petróleo avançava mais de 1% no início da tarde, após uma queda surpreendente nos estoques da commodity relatada pelo Departamento de Energia dos EUA.
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No Brasil, o Ibovespa iniciou a tarde próximo à estabilidade após apresentar grande volatilidade durante a manhã. O índice é pressionado tecnicamente pelo avanço dos juros futuros e pelo recuo das ações da Vale. Além disso, o cenário fiscal permanece incerto, devido ao adiamento da votação do projeto de desoneração da folha de pagamentos, enquanto o mercado aguarda o relatório de receitas e despesas, que será divulgado na segunda-feira, para saber qual valor será contingenciado para cumprir a meta fiscal. Às 13h55, o principal índice da B3 subia 0,13%, atingindo 129.277 pontos, enquanto o dólar avançava 1,01% em relação ao real, cotado a R$ 5,48.
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