- Nos EUA, Donald Trump está em posição de forte influência política, e há quase certeza de sua reeleição, principalmente após o atentado
- Houve um ressurgimento da direita em diversos países ao redor do mundo, como na Argentina
- O apoio político da maior economia do planeta pode certamente impactar positivamente nas campanhas de candidatos em outros países
O atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, no último sábado (13) foi um dos assuntos de destaque da semana e pode ser crucial para definir o resultado da próxima eleição presidencial por lá e impactar também o Brasil.
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Atualmente, observamos um ressurgimento da direita em diversos países ao redor do mundo. Entre as características, está o sistema político caracterizado por taxas de juros baixos, controle rigoroso da inflação, controle de gastos públicos e foco no desenvolvimento econômico sem aumentar a intervenção estatal são princípios fundamentais da teoria liberal.
Essa tendência é evidente em várias nações. Na França, por exemplo, houve uma forte ascensão da direita e, apesar de não ter alcançado o poder nas últimas eleições, espera-se que possa ocorrer uma mudança nos próximos 2 anos, visto o cenário da última votação para o Parlamento Europeu. Na Argentina, o atual governo de Milei, também de direita, vem sendo elogiado por seu eficaz controle da inflação, redução do gasto público e corte de privilégios. Toda esta onda deverá impactar o Brasil rapidamente.
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Nos Estados Unidos, a principal economia global, que influencia as economias e decisões nos principais países emergentes ao redor do mundo, o ex-presidente Trump está em posição de forte influência política, e há quase certeza de sua reeleição, principalmente após o atentado que sofreu no sábado (13/07).
Neste contexto, mesmo com Bolsonaro inelegível, o bolsonarismo continua a ser uma força significativa, com aproximadamente 40% da população identificada como conservadora, além de 20% que oscila entre diferentes posições políticas, de acordo com o candidato que está no segundo turno. Dependendo do candidato de direita escolhido, como Tarciso de Freitas ou Romeu Zema, por exemplo, as chances de vitória nas próximas eleições são consideráveis, promovendo uma agenda econômica liberal focada no controle de gastos, redução de taxas de juros e combate à inflação. Isso não sou eu que acho.
No Brasil e em outros países ao redor do mundo, a influência do ex-presidente norte-americano é notável neste contexto. Embora sua vitória não garanta automaticamente o sucesso de outros candidatos de direita globalmente, o apoio da maior economia do planeta pode certamente impactar positivamente suas campanhas. Além disso, figuras influentes como Elon Musk, por exemplo, que, inclusive, se meteu na justiça brasileira, mostra o poder de grandes personalidades.
Trump e Bolsonaro perderam as últimas eleições por um único motivo. Falam demais e falam sem filtro. Porém, as eleições de 2026 devem ter um cenário completamente diferente. Candidatos de direita mais bem preparados, imagem de Lula já um pouco mais esgotada e necessidade de renovação, principalmente se a economia não deslanchar. Não, não sou eu que digo isso. São as pesquisas. Para você ter uma ideia, se a eleição fosse hoje, Tarcisio de Freitas estaria tecnicamente empatado com Lula. Deixando as paixões de lado, em teoria, Lula deveria estar muito na frente de um candidato ainda não muito conhecido em todo o Brasil. Quem viver, verá.