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Treasuries avançam diante de incerteza eleitoral e expectativas sobre o Fed

O sinal positivo já predominava na curva futura desde a madrugada, em ajuste após perdas recentes

Treasuries avançam diante de incerteza eleitoral e expectativas sobre o Fed
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) oscilavam em faixa estreita ao longo desta quinta-feira (18), mas firmaram alta mais consistente no final da tarde. Dados consolidam a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) corte juros a partir de setembro, mas as incertezas sobre as eleições dos Estados Unidos trazem à superfície temores de um deterioração fiscal.

Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,469%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,196% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 4,413%.

O sinal positivo já predominava na curva futura desde a madrugada, em ajuste após perdas recentes. Pela manhã, o ímpeto arrefeceu depois que o Departamento de Trabalho dos EUA revelou um avanço nos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. O indicador é mais um indício de arrefecimento do mercado de trabalho, que poderia justificar o início do ciclo de relaxamento monetário.

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O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, inclusive, expressou maior confiança de que o quadro aponta para maior alívio na inflação, embora tenha evitado se comprometer uma data para começo dos cortes da taxa básica.

Ainda assim, os retornos da renda fixa americana atravessaram a tarde ainda em alta, com um pouco mais de impulso na ponta longa depois de um leilão de títulos atrelados à inflação (Tips) de 10 anos. O certame vendeu US$ 19 bilhões em papéis e inspirou demanda bem abaixo da média, de acordo com o BMO Capital Markets.

Investidores também monitoram os contornos da disputa presidencial nos EUA, diante da pressão entre os democratas para que o atual presidente americano, Joe Biden, desista da reeleição. Segundo o BMO, uma eventual segundo governo do ex-presidente Donald Trump poderia produzir pressões inflacionárias e atrapalhar os planos do Fed. O banco de investimentos acrescenta que os mercados estão sensíveis ao noticiário sobre os planos do Biden.