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Dólar hoje: moeda fecha em baixa com meta fiscal e desistência de Biden no radar

Moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,57, queda de 0,50%, com investidores ajustando suas posições à luz do novo quadro eleitoral nos EUA

Dólar hoje: moeda fecha em baixa com meta fiscal e desistência de Biden no radar
Foto: Envato Elements
  • A moeda abriu a segunda-feira (22) a R$ 5,5876, com investidores ajustando posições e revisando cenários eleitorais nos EUA
  • Contas públicas devem apresentar déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, limite máximo da meta fiscal
  • Projeção do dólar para 2025 e 2026 é revisada de R$ 5,20 para R$ 5,23

O dólar hoje encerrou o dia cotado a R$ 5,5701, uma queda de 0,60%. A moeda abriu a manhã desta segunda-feira (22) sendo negociada a R$ 5,5876, com investidores ajustando suas posições e revisando cenários à luz das novas projeções para as eleições nos Estados Unidos. Na tarde de hoje, a previsão do governo de um rombo no limite da meta fiscal, mesmo após congelar R$ 15 bilhões, entrou no radar do mercado.

No domingo (21), o presidente Joe Biden anunciou que não buscará a reeleição à presidência, deixando a vice-presidente, Kamala Harris, como a principal candidata democrata à presidência.

No Brasil, os economistas entrevistados pelo Banco Central ajustaram a previsão para a cotação do dólar no final deste ano, passando de R$ 5,22 para R$ 5,30, conforme o boletim Focus divulgado hoje.

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Além disso, as contas públicas devem apresentar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme a nova estimativa divulgada pelo governo hoje. Esse montante é o limite máximo da meta fiscal estabelecida no novo arcabouço fiscal, que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões.

Para cumprir essa meta, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.

Durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira, não foram especificados os ministérios que sofrerão os cortes.

Na sexta-feira (19), o dólar americano encerrou o dia com uma alta de 0,30%, valendo R$ 5,60, devido a um apagão cibernético global que prejudicou a resposta positiva do mercado ao anúncio do governo Lula sobre contenção de despesas na quinta-feira (18). Durante a semana, o dólar acumulou um aumento de 3,18%.

Boletim Focus: dólar mais alto e nova previsão de inflação

O mercado revisou para cima a projeção do dólar para 2025 e 2026, de R$ 5,20 para R$ 5,23. Os analistas também revisaram para cima a previsão de inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo de 4% para 4,05%.

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Na pesquisa divulgada na semana anterior, os economistas consultados pelo Banco Central haviam interrompido uma sequência de nove semanas de alta e reduzido a previsão de inflação para este ano de 4,02% para 4%.

A meta central oficial para a inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O boletim Focus também indicou uma melhora na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 2,11% para 2,15%, marcando a terceira semana consecutiva de aumento. Contudo, o mercado reduziu a previsão para 2025, de 1,97% para 1,93%.

A expectativa para a taxa Selic se mantém estável em 10,5% para este ano, 9,5% para 2025 e 9% para 2026 e 2027.

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Com o resultado, o dólar acumula alta de 3,18% na semana, 0,28% no mês e 15,48% no ano.

 

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