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Vale (VALE3): o que chama atenção no balanço do 2º trimestre?

A mineradora anunciou alta anual de 210% no lucro do trimestre; veja as recomendações

Vale (VALE3): o que chama atenção no balanço do 2º trimestre?
Fachada da Vale (VALE3). Foto: Fabio Motta/Estadão

Após os resultados do segundo trimestre da Vale (VALE3), o Citi reiterou a recomendação de compra para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da mineradora, com preço-alvo de US$ 15, o que representa um potencial de valorização de 40% sobre o último fechamento do papel.

O Citi destaca como fator positivo o anúncio de dividendos de US$ 1,6 bilhão para o segundo semestre, seguindo a política de distribuição da mineradora. “Este anúncio vem em um momento em que os dividendos representam um retorno significativo para os acionistas, especialmente considerando o desempenho recente das ações”, resumem.

O banco avalia que o lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebitda) ajustado de US$ 4,0 bilhões ficou alinhado com as expectativas do banco. Em relatório, os analistas apontam que a divulgação prévia de produção e preços ajudou a Vale no 2T24 a alinhar outros resultados com as projeções.

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O banco avalia ainda que o Fluxo de Caixa Livre (FCF) do trimestre se manteve neutro, impactado por um capital de giro negativo. Em contrapartida, a dívida líquida da empresa diminuiu US$ 1,7 bilhão, atingindo US$ 14,7 bilhões, graças aos fluxos de caixa obtidos com a venda de participações em Metais Básicos e PTVI, visando a meta de dívida de US$ 10 bilhões a 20 bilhões.

Avaliação do Itaú BBA sobre os resultados da Vale

Os resultados da Vale no segundo trimestre de 2024 vieram em linha com o esperado pelo Itaú BBA, com Ebitda ajustado (incluindo de associadas e joint ventures) de US$ 4,0 bilhões, queda de 6% ante um ano.

Em relatório, os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan e Barbara Soares destacam que os preços de minério de ferro realizados mais baixos e custos mais altos mais do que o esperado neutralizaram a melhora nos volumes na comparação anual.

“O ponto baixo foi a geração de fluxo de caixa livre negativa de US$ 178 milhões, prejudicada por um aumento no capital de giro”, avalia a equipe do Itaú BBA. Eles destacam ainda a queda da dívida líquida expandida para US$ 14,7 bilhões, devido aos US$ 2,5 bilhões recebidos do negócio de Metais Básicos.

Outro ponto importante foi o anúncio de um pagamento de JCP (juros sobre capital próprio) de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,94 bi), em linha com a política de proventos mínimos, a serem desembolsados em setembro.

O Itaú BBA tem recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações da Vale (VALE3), com preço-alvo de US$ 14 para os recibos de depósitos americanos.

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*Com informações do Broadcast