O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente da Usiminas (USIM5) no segundo trimestre de R$ 295 milhões ficou abaixo do estimado pelo Safra, em R$ 437 milhões. O resultado menor foi em razão do custo de dos produtos vendidos (CPV) devido às placas compradas mais caras e um Real mais fraco, além das despesas operacionais maiores do que o esperado.
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As ações da Usiminas (USIM5) foram o a maior baixa do Ibovespa nesta sexta-feira, com baixa de 23,55%, negociadas a R$ 6,33. O movimento ocorreu em meio à frustração dos investidores com o balanço do segundo trimestre da empresa. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período de 2023 e o lucro de R$ 36 milhões registrado no primeiro trimestre do ano.
Por segmento, o Ebitda do aço atingiu R$ 70 milhões no período, 79% abaixo da estimativa do Safra, enquanto o Ebitda de mineração atingiu R$ 156 milhões, acima da estimativa de R$ 110 milhões.
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Para o terceiro trimestre, a companhia sinalizou para um Ebitda maior no segmento de Aço, principalmente por volumes maiores, apesar da possibilidade de preços realizados mais alto.
“Dito isso, temos detalhes limitados sobre a intensidade do crescimento trimestre a trimestre. Ficamos preocupados com os comentários sobre a pressão de custos da desvalorização do real sendo compensada pela maior eficiência em seu Alto-Forno 3, pois esperávamos um alívio significativo nos custos de matérias-primas em uma comparação trimestral”, avaliam os analistas Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner.
O Safra tem recomendação Outperform (equivalente a compra), com preço-alvo de R$ 10,50, o que representa um potencial de valorização de 27% com base no último fechamento, na quinta-feira (25).
Durante a teleconferência de resultados, os papéis da companhia chegaram à mínima de R$ 6,75 na B3.