A sessão desta sexta-feira é de continuidade ao movimento de aversão ao risco observado na véspera. A deterioração nas perspectivas para a economia dos Estados Unidos só ganhou força nesta sexta-feira, após o payroll vir bem mais fraco do que antecipado pelo consenso do mercado (114 mil novos postos de trabalho, ante expectativa de 180 mil). Os temores de uma recessão alimentaram o clima de aversão a risco e levaram as bolsas de Nova York a amargar perdas, com o Nasdaq entrando em território de correção, colocando em segundo plano o salto na precificação por relaxamento monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed) em 2024. A fuga de ativos de risco se refletiu também nos mercados acionários da Europa que encerraram majoritariamente em baixa e na Ásia, com a bolsa de Tóquio registrando maior tombo desde 2020. A demanda por segurança derrubou os rendimentos dos Treasuries, com os juros da ponta curta nos menores níveis desde 2023. O cenário impulsionou o ouro ao seu maior nível histórico, enquanto o petróleo perdia quase 4%, sem tirar as tensões geopolíticas do radar.
Leia também
Por aqui, o mau humor também contamina os negócios e traz o índice Ibovespa para o campo negativo. Contudo, o recuo do Ibovespa é moderado, tendo em vista o alívio na curva de juros, em reflexo à queda dos rendimentos dos Treasuries. Isso abre espaço para alta de algumas ações consideradas com preços atrativos e mais sensíveis ao ciclo econômico. No melhor momento, o Índice Bovespa subiu 0,56%. Às 14h14 o principal índice acionário recuava 0,88% aos 126.269 pontos, o dólar recuava 0,44% aos R$ 5,71 e os contratos de juros futuros (DI) recuavam em toda extensão da curva.
Confira todos os vídeos e podcasts diários produzidos pela Ágora Investimentos.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos