Títulos se recuperam após impacto da véspera (Foto: Adobe Stock)
Nesta terça-feira (6), a maior parte dos títulos públicos do Tesouro Direto apresentavam altas nas taxas oferecidas. Os papéis atrelados à inflação, conhecidos como IPCA+, registravam ganhos entre 0,03 e 0,06 ponto percentual. A maior rentabilidade estava no vencimento para 2045, com um juro real de 6,12% ao ano.
Já os Prefixados operavam em sentidos mistos. O papel com vencimento para 2027, o mais curto disponível, oferecia um retorno de 11,54% ao ano, 0,08 ponto percentual acima do fechamento anterior. Os Prefixados 2031 e com juros semestrais para 2035, por sua vez, possuíam rendimentos de 11,85% e 11,67% ao ano, ante os 11,88% e 11,73% da véspera.
Na última segunda-feira (6), os mercados globais amargaram grandes quedas, na esteira do aumento de aversão a risco provocado por temores de recessão nos Estados Unidos e um “crash” na Bolsa do Japão, após o banco central japonês subir juros por lá. Em reação, os títulos públicos do Tesouro Direto passaram por paralisação de negociações na parte da manhã, após apresentarem forte recuo nas taxas. Quando voltaram a ser negociados, operavam mistas, com recuos no IPCA+ e altas nos prefixados.
Vale lembrar que essa volatilidade acontece porque os títulos públicos prefixados e IPCA+ possuem marcação a mercado. Ou seja, os preços e taxas desses papéis oscilam diariamente conforme a demanda e expectativas econômicas. Em termos gerais, quando a perspectiva é de alta dos juros, os preços caem e vice-versa. O investidor quem tem os ativos na carteira, caso queira receber exatamente a rentabilidade contratada, precisa deixar o ativo até o vencimento.