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Vale (VALE3) está bem posicionada no setor de mineração? Veja análises

O Itaú BBA e Safra definem um preço-alvo para a mineradora com base nos resultados do 2º Tri e minério

Vale (VALE3) está bem posicionada no setor de mineração? Veja análises
(Imagem: Sunshine Seeds em Adobe Stock)

O Safra cortou o preço-alvo para as ações de Vale (VALE3) de R$ 80 para R$ 73, mas manteve sua recomendação de outperform (o equivalente a compra). Os analistas Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner destacaram níveis atrativos de carry (mecanismo utilizado para tentar obter lucros com base na diferença entre a taxa de juros de dois países) e valuation (valor do ativo), mas mais riscos.

O banco também reduziu seu preço-alvo para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da mineradora, de US$ 15,9 para US$ 12,7. “Observamos que nosso preço-alvo foi negativamente afetado por preços mais baixos de minério de ferro, níquel e cobre, e custos mais altos para minério de ferro e cobre”, escreveram os analistas.

As ações da companhia caíram 17% desde o último relatório do banco sobre a Vale, acompanhando o recuo dos preços do minério de ferro e devido a preocupações adicionais de que o plano econômico da China pode estar se afastando de estímulos em larga escala, sugerindo uma desaceleração nos investimentos em infraestrutura e menos alívio para o setor imobiliário, escreveram os analistas.

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“Acreditamos que a redução de riscos devido a menores preocupações com provisões adicionais e o processo de sucessão do CEO são catalisadores-chave para as ações nos próximos meses”, eles disseram, mas ressaltaram a possibilidade da companhia não alcançar um acordo sobre o acidente de Mariana e uma queda maior do que o esperado nos preços das commodities como riscos para os preços das ações.

Recomendação do BBA para Vale

O Itaú BBA introduziu o preço-alvo de US$ 13 para os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale em 2025, o que representa um potencial de valorização de 30% sobre o fechamento de segunda-feira (5). Para 2024, o preço-alvo é de US$ 14.

O banco atualizou seu modelo para incorporar os resultados do segundo trimestre da Vale e a nova orientação para a divisão de metais básicos e desembolsos relacionados a passivos.

Em relatório, os analistas Daniel Daddon, Edgard de Souza, Marcelo Palhares e Barbara Soares mantiveram sua projeção de aproximadamente US$ 110 por tonelada para o minério de ferro para 2024 e veem os preços a US$ 100 em 2025, “dada a dinâmica desafiadora de oferta e demanda”, eles escreveram em nota.

O banco estima um Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) de US$ 18,1 bilhões para a empresa em 2025 e calculam que as ações da Vale estão sendo negociadas com múltiplo de 3,2 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda), o que está “barato em comparação a seus pares australianos”, disseram os analistas.

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Com a recente queda no preço das ações, o BBA vê a Vale com um rendimento médio de FCF de cerca de 12% de 2024 a 2026.

“Sem grandes mudanças nos resultados da divisão de ferrosos para 2025; a produção de aço na China continua morna. Mais otimismo com metais básicos, principalmente devido a melhores preços do cobre no próximo ano”, afirmaram os analistas.

O BBA manteve recomendação outperform (o equivalente a compra) para as ações da Vale, com preço-alvo de R$ 74, o que representa um potencial de valorização de 29,7%.

*Com informações do Broadcast

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