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Treasuries sobem diante do realinhamento do temor sobre recessão dos EUA

A demanda ligeiramente menor em leilão também ajudou no avanço dos rendimentos nesta sessão

Treasuries sobem diante do realinhamento do temor sobre recessão dos EUA
Juros (Foto: Adobe Stock)

As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiam nesta terça-feira (6), após um pregão de volatilidade e diante de ajustes na sequência de três dias de preocupações intensas com a possibilidade de os Estados Unidos estarem a caminho de uma recessão. Na sessão, a demanda ligeiramente menor que a média em um leilão de T-notes de 3 anos, cuja taxa máxima ficou abaixo do rendimento cotado no mercado, também ajudou no avanço dos rendimentos.

O juro da T-note de 2 anos subia de 3,883% no fim da tarde ontem para 3,982% nesta tarde. O da T-note de 10 anos avançava de 3,774% para 3,894% e o do T-bond de 30 anos passou de 4,061% para 4,192%.

O rendimento da T-note de 2 anos bateu mínimas intraday na esteira da divulgação da balança comercial dos EUA, que registrou déficit maior que o esperado em junho.

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O Danske Bank reafirmou, em nota, seu alvo de 4,35% para o rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos no horizonte de 12 meses, mesmo após a queda acentuada do rendimento induzida por dados fracos do mercado de trabalho nos EUA na sexta-feira. “Lembre-se, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell enfatizou que o Fed é dependente de dados – não dependente de um único dado – sugerindo que o Fomc precisará ver mais indicadores fracos antes de promulgar cortes tão profundos quanto aqueles atualmente precificados na ponta curta da curva”, pontuaram os analistas, referindo-se à precificação indicada na Taxa Overnight de Financiamento Garantida (Secured Overnight Financing Rate ou SOFR). A taxa é uma medida ampla que os bancos tendem a utilizar no momento de conceder empréstimos e derivativos denominados em dólar.

Em relação à especulação recente sobre um corte da taxas de juros em encontro extraordinário do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), o Bank Of America citou que as condições atuais não se equiparam as que motivaram reações do BC dos EUA fora de suas reuniões agendadas. O BofA disse que examinou nove cortes de taxas pelo Fed em encontros intermediários. Cortes entre reuniões aconteceram em resposta a risco de riscos de queda considerável, eventos de risco sistêmico e declínios significativos do mercado de ações, segundo o banco. “As coisas podem mudar, mas não achamos que a situação atual atenda ao padrão histórico para o Fed agir”, avaliaram.