O Itaú BBA reduziu estimativas dos próximos resultados operacionais, mas manteve a recomendação market perform (equivalente a neutra) para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 31, o que equivale a um potencial de alta de 14,3% em relação ao último fechamento, na segunda-feira (12).
Leia também
Na visão da casa, o lucro do BB tende a ficar relativamente estável nos próximos trimestres devido a uma dinâmica de margens mais moderadas e provisões contra a inadimplência maiores. O BBA afirma que o banco enfrenta desafios de margem no crédito devido ao mix, além da carteira renegociada.
“A margem do BB enfrenta desafios de mix devido ao maior crescimento no agronegócio e em grandes empresas, impactos adversos de uma maior carteira renegociada, e uma base alta de comparação diante do forte primeiro semestre do Patagonia”, afirma o analista Pedro Leduc, em relatório.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De acordo com ele, enquanto o mix da carteira do BB ganha a participação de linhas de menor margem, o custo de captação do banco permanece estável. Diante disso, Leduc considera que a revisão para cima da projeção para o crescimento das margens neste ano tem mais relação com o desempenho no primeiro semestre do que com as expectativas para o segundo.
O BBA também destaca questões ligadas à qualidade de crédito. De acordo com a casa, as pressões na carteira de empresas devem seguir por mais tempo, a julgar pela revisão, também para cima, da projeção para despesas com provisões. “O BB é o único grande banco com uma carteira renegociada crescendo neste ponto do ciclo, criando uma pressão para a inadimplência”, adiciona.
O banco espera crescimento de 8% no lucro neste ano, e de 3% no próximo. Diante dessa perspectiva, vê uma menor assimetria positiva para as ações do BB, que negociam a 0,7 vez o valor patrimonial, valor descontado frente aos pares.