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Treasuries sobem após dados reforçarem solidez da economia dos EUA

Os indicadores deram força às apostas de que o banco central deve ser cauteloso em cortar os juros em setembro

Treasuries sobem após dados reforçarem solidez da economia dos EUA
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiam em toda a extensão da curva nesta quinta-feira (14), na esteira de dados de varejo, indústria e emprego dos Estados Unidos que indicaram resiliência da atividade econômica americana. Os indicadores deram força às apostas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) deve ser cauteloso em cortar as taxas básicas de juros em setembro, o que promoveu um ajuste nos rendimentos projetados nos títulos da dívida americana.

O juro da T-note de 2 anos subia de 3,957% ontem para 4,095% nesta tarde, ainda que tenha desacelerado da máxima intradiária de 4,117% atingida após a bateria de indicadores. O da T-note de 10 anos avançava de 3,832% para 3,914%. O rendimento projetado no T-bond de 30 anos passava de 4,120% para 4,175%.

O gatilho mais relevante para impulsionar as taxas veio das vendas do varejo em julho, que subiram muito acima do esperado, eliminando o temor de recessão dos EUA embutido nos preços dos títulos. As taxas projetadas nos títulos tiveram o maior avanço em mais de um mês, de acordo com a Dow Jones. A da t-note de 2 anos, em particular, teve maior alta diária desde 10 de abril.

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“Apesar das indicações de um mercado de trabalho um pouco mais frio, dos preços e custos de empréstimos elevados, os consumidores continuam gastando, embora o ritmo de gastos tenha diminuído em relação aos picos anteriores”, escreveram analistas da gestora Stifel. A questão que permanece é se os níveis relativamente reduzidos de contratação do mercado de trabalho, mostrados no relatório do payroll, são um reflexo de um processo de normalização ou de uma fraqueza mais precipitada por vir, potencialmente aumentando a pressão sobre os gastos das famílias, ponderaram os analistas.

Os indicadores levaram o mercado a consolidar uma visão de cortes de juros menos agressiva pelo Federal Reserve em 2024. Segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, a chance de um corte inicial de 25 pontos-base (pb) em setembro era 74,5%, por volta das 16h42 (de Brasília). A hipótese de redução de 50 pb estava em 25,5% no horário acima.