A agenda econômica desta sexta-feira (16) contempla a palestra online do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento do Barclays. No mercado financeiro hoje, serão divulgados dados sobre construções de moradias iniciadas, sentimento do consumidor e expectativas de inflação dos Estados Unidos, além de um evento com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Chicago, Austan Goolsbee.
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Ainda na agenda hoje, a crise entre o STF e o Congresso tende a se intensificar, após o presidente da Corte, Roberto Barroso, negar o pedido dos parlamentares para derrubar a decisão do ministro Flávio Dino, que suspendeu as emendas impositivas apresentadas por congressistas.
Além disso, os diretores do BC, Diogo Abry Guillen (Política Econômica) e Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos), participam de uma reunião trimestral com economistas em São Paulo pela manhã. Otavio Ribeiro Damaso (Regulação) também fará uma palestra à tarde.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma reunião com o CEO da Suzano (SUZB3) e com representantes de setores industriais, enquanto a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, participa de uma reunião na Fiesp. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda no Rio Grande do Sul e concede uma entrevista à Rádio Gaúcha.
Também são aguardados o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) e o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10).
Confira os 3 destaques do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
Os índices futuros de ações em Nova York passaram a cair majoritariamente após o rali anterior, enquanto o dólar e os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam.
Os investidores aguardam novos dados da economia americana e sinais de dirigentes do Federal Reserve, antes do tradicional Simpósio de Jackson Hole, que ocorrerá na próxima semana. O presidente do Fed, Jerome Powell, discursa no Simpósio na próxima sexta-feira (23).
As bolsas americanas registraram altas de 1,4% a 2,3% na quinta-feira (15), no terceiro pregão positivo, após dados sólidos de vendas no varejo e pedidos semanais de auxílio-desemprego diminuírem os temores de recessão nos EUA, elevando as apostas em um corte de 25 pontos-base nos juros em setembro e uma visão de flexibilização menos agressiva em 2024.
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As bolsas europeias predominam em alta, após uma melhora no superávit comercial (exportações superam as importações do país) da zona do euro, que subiu para 17,5 bilhões de euros em junho, acima dos 12,4 bilhões de euros em maio, de acordo com números revisados.
Contudo, a Bolsa de Londres destoou e caiu, reagindo à expansão de 0,5% das vendas no varejo do Reino Unido em julho, abaixo da previsão de 0,9% apurada pela FactSet.
Commodities
O petróleo acentua perdas de mais de 1,5%, mas caminha para acumular ganhos pela segunda semana consecutiva, impulsionado pelos sólidos dados econômicos dos EUA.
A queda do petróleo e de 0,99% no minério de ferro, na China, apontam para uma possível realização de lucros no mercado, pressionando ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).
Os papéis da estatal podem reagir negativamente também à decisão do relator do projeto de lei do “combustível do futuro” no Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que manteve a adição de até 10% de biometano ao gás natural, excluindo o combustível sintético fabricado pela Petrobras (chamado de R5) da fatia dedicada ao diesel verde.
Mercado brasileiro
Os sinais divergentes das ações no exterior, em um dia de vencimento de opções sobre ações na B3, sugerem um pregão de volatilidade para o Ibovespa.
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Na quinta-feira (15), o Índice Bovespa arrefeceu após tocar o pico histórico intradia, mas manteve os 134 mil pontos no fechamento – veja aqui -, enquanto o dólar à vista subiu para R$ 5,4838 (+0,27%), ainda abaixo do nível psicológico de R$ 5,50, e as taxas dos depósitos interbancários (DIs) avançaram – confira aqui.
Os investidores se mostraram otimistas com a perspectiva de uma breve redução dos juros nos Estados Unidos e após a safra positiva de balanços.
No câmbio, a valorização do dólar nos últimos dois dias reflete também ruídos políticos locais, embora a moeda ainda apresente uma perda de 0,57% na semana e de 3,03% em agosto.
No radar, também fica a notícia de que o governo do presidente Lula vê uma “brecha” no Congresso Nacional para indicar o novo presidente do Banco Central em duas semanas, ainda em agosto, conforme apurado pelo Broadcast Político no mercado financeiro hoje.
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*Com informações do Broadcast