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Banco do Brasil (BBAS3): por que o Itaú BBA não recomenda compra da ação?

Os analistas até aceitam que o banco está sendo negociado a um preço descontado

Banco do Brasil (BBAS3): por que o Itaú BBA não recomenda compra da ação?
Aplicativo do Banco do Brasil. Imagem: Adobe Stock

O Itaú BBA reiterou sua classificação de market perform, desempenho dentro da média do mercado, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3). A classificação equivale a recomendação neutra. Os analistas comentam que apesar de a companhia ainda ter uma rentabilidade, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) acima de 20%, os lucros de curto prazo devem permanecer lateralizados e sem grandes crescimentos.

Essas estimativas de lucro sem grandes crescimentos devem acontecer pelo fato da empresa apresentar uma margem financeira não tão grande para superar as maiores provisões de uma forma que faça o lucro crescer acima do esperado. Na visão dos analistas, a margem do BB enfrenta desafios de mix de crédito devido ao maior crescimento em agronegócio e pequenas e médias empresas, impactos adversos do maior portfólio renegociado e comparações difíceis do forte primeiro semestre do Banco Patagonia.

A companhia revisou o crescimento de sua margem financeira de 7% e 11% para uma alta de 10% e 13%. No acumulado do primeiro semestre de 2024 do BB, a margem financeira bruta do Banco do Brasil acumula uma alta de 16,4%. “Portanto, a revisão para cima da margem financeira parece ter sido mais impulsionada pelo desempenho do primeiro semestre e uma perspectiva de Selic mais alta, e menos pela dinâmica do crédito”, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Banco do Brasil está descontado e com bons dividendos

Os analistas até aceitam que o Banco do Brasil está sendo negociado a um preço descontado, com a métrica Preço sobre Lucro (P/L) estimado para 2025 em 4 vezes. A equipe do Itaú BBA estima que o banco deve pagar cerca de 10% do seu valor de mercado em dividendos nos próximos 12 meses. Ainda assim, a recomendação não é de compra.

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“Vemos um fraco momento de lucros impedindo que as ações sejam reclassificadas. Nossa classificação de market perform se mantém. Reiteramos a preferência relativa pelo Bradesco e Santander Brasil em grandes bancos – também descontados em relação ao seu histórico, mas com uma direção positiva do ROE”, dizem os especialistas.

O Itaú BBA calcula um preço-alvo de R$ 31 para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), uma alta de 10,12% na comparação com o fechamento de quinta-feira (15), dia em que o papel terminou o pregão a R$ 28,15.