O que este conteúdo fez por você?
- O banco espera elevação de taxa Selic para 3,75% ao final de 2021. Contudo, o BTG pondera que a velocidade da retirada do grau estimulativo da política monetária dependerá muito do potencial de recuperação do PIB no primeiro trimestre de 2021.
(Estadão Conteúdo) – O BTG Pactual avalia que o Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic ontem em 2,00% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado, fecha a porta para queda da taxa básica e abre caminho para a retirada do forward guidance. Em outras palavras, o banco avalia em nota que o comunicado do Copom desta quarta-feira trouxe duas importantes alterações em relação ao último documento.
Leia também
A instituição cita a remoção do trecho que mencionava a possibilidade de novos cortes de juros e a inclusão de um parágrafo sobre a possibilidade de retirada do forward guidance. Na prática, avalia, essa possível retirada nas próximas reuniões dá maior grau de liberdade ao Banco Central (BC). “Ou seja, aos poucos, o BC fica menos exposto no período entre as reuniões do Copom para agir conforme o momento convir”, cita a nota.
Diante desse visão, o banco espera elevação de taxa Selic para 3,75% ao final de 2021. Contudo, o BTG pondera que a velocidade da retirada do grau estimulativo da política monetária dependerá muito do potencial de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2021, da manutenção das expectativas de inflação em torno do centro da meta e, sobretudo, da continuidade do governo e do Congresso na agenda de ajuste fiscal ao longo do próximo ano.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
De certa forma, o banco afirma que os movimentos do BC sinalizados no Copom de ontem já eram esperados. A instituição relembra que em relatório anterior, do dia 18 de outubro, já havia avaliado que “fechar” a porta dos novos cortes adicionais já poderiam ser feitos na reunião passada, quando os riscos fiscais e de inflação já sinalizavam esta tendência.
No caso do forward guidance, o banco avalia que o Comitê condiciona a retirada deste instrumento com a convergência da inflação para fim de 2021 e 2022 com as expectativas atuais de retorno do IPCA ao centro da meta (3,75%).