Setembro começa em meio a leves ajustes negativos entre os principais índices acionários, em uma possível reação aos dados publicados recentemente à respeito da saúde financeira da segunda maior economia do mundo, a China. É válido notar, no entanto, que a celebração do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos reduz a liquidez das negociações, aumentando os impactos desse ceticismo vindo do outro lado do globo. Assim, o que se vê nesta manhã de segunda-feira são bolsas da Europa próximas da estabilidade, embora em sua maioria no vermelho, enquanto os índices futuros de Nova York acompanham essa tendência.
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Em outros mercados, o dólar também opera perto da estabilidade frente as principias moedas, as negociações de Treasuries estão suspensas, os contratos futuros do petróleo rondam a estabilidade, diante da perspectiva de alta da produção pela Opep+ no mês que vem contrabalanceando a menor produção na Líbia, além de receios sobre demanda da China, enquanto os preços futuros do minério de ferro afundaram mais de 4% em Singapura, para abaixo de US$ 100.
A falta da referência dos mercados e investidores americanos, somada aos fracos desempenhos das principais commodities, sugere pouco fôlego para o Ibovespa e seus ativos neste começo de semana. Como direcionadores locais, embora o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenha sinalizado que uma alta de meio ponto porcentual da Selic não está em questão, os investidores seguem atentos a possíveis sinais que corroborem o movimento, com a publicação da Focus e o detalhamento do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Agenda econômica
Brasil
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou logo cedo o Índice de Preços ao Consumidor -Semanal (IPC-S) de agosto, com recuo de 0,16%, e o Banco Central a pesquisa Focus (8h25). Em seguida (11h), está prevista a entrevista com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) para detalhar os principais números do PLOA de 2025. Ainda em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem uma agenda de reuniões com Ministros e lideranças do Governo no Congresso, incluindo Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Amanhã, será conhecido o PIB do segundo trimestre e nos próximos dias sairão os dados da produção industrial de julho, a balança comercial e o Índice Geral de Preços –Disponibilidade Interna (IGP-DI) de agosto.
EUA
Destaque para a divulgação do PMI de agosto (leitura final) amanhã. Na quarta-feira, sairão os dados da balança comercial relativos a julho e o Livro Bege. Na quinta-feira, o relatório ADP e os pedidos semanais de auxílio desemprego serão publicados e, na sexta-feira, é o dia do payroll.Europa:Na quarta-feira, serão divulgados os PMIs da Alemanha e da zona do euro, na quinta serão divulgadasas vendas do varejo da zona do euro e, na sexta-feira, é a vez da segunda leitura do PIB da zona do euro do segundo trimestre.
China
O índice de gerentes de compras (PMI) industrial recuou de 49,4 em julho para 49,1 em agosto, abaixo da expectativa de estabilidade. Já o PMI de serviços avançou de 50,2 em julho para 50,3 em agosto, acima das expectativas de queda para 50,1.
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