A fraqueza inesperada do setor de construção e sinais de contração mais forte na indústria dos Estados Unidos intensificaram a aversão ao risco em Nova York, além de acelerar as perdas nos preços do petróleo e de metais básicos. A perspectiva de deterioração na atividade americana também pesa sobre os rendimentos dos Treasuries ao ampliar expectativas do mercado de relaxamento mais agressivo pelo Fed em 2024 – segundo ferramenta de monitoramento, a chance de redução de 0,5pp ganhou força após os dados, subindo de 30% para 39%, no entanto as apostas majoritárias ainda seguem para uma redução de 0,25pp (61%). Nas bolsas, os índices de Wall Street iniciam a tarde em forte queda, enquanto na Europa o fechamento também foi negativo.
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Por aqui, a alta de 1,4% do PIB no segundo trimestre, bem acima da mediana do mercado que projetava 0,9% e superior ao crescimento do 1T24 (+1%), moldou a curva de juros, com o mercado não só embutindo nas taxas a possibilidade de uma alta de 0,5pp na Selic, como passando a considerar a possibilidade de um ciclo mais longo de aperto monetário, levando em conta também o risco fiscal. Na bolsa, o risco de uma Selic mais elevada é parcialmente aliviado por um juro longo mais baixo, e o otimismo com a atividade, após uma safra de balanços positiva, o que embala algumas ações. No entanto, a aversão ao risco no exterior exerce um peso maior e leva o índice para o campo negativo. Por volta das 13h40, o Ibovespa caia 0,23% aos 134.591 pontos, enquanto o dólar avançava 0,42% frente ao real, cotado a R$ 5,64.
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