

O dólar hoje abriu o pregão em alta de 0,13%, a R$ 5,6485. Às 9h10, o câmbio já era comercializado a R$ 5,662. Ontem, no fechamento, a moeda americana exibiu alta de 0,46%, cotada a R$ 5,6404.
Publicidade
O dólar hoje abriu o pregão em alta de 0,13%, a R$ 5,6485. Às 9h10, o câmbio já era comercializado a R$ 5,662. Ontem, no fechamento, a moeda americana exibiu alta de 0,46%, cotada a R$ 5,6404.
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
Hoje, os mercados estão atentos a dados importantes dos Estados Unidos que podem influenciar as expectativas de cortes de juros e a taxa de câmbio. Às 11h (horário de Brasília), o Departamento de Trabalho dos EUA pretende publicar o relatório Jolts, que detalha as vagas de emprego abertas em julho.
Mais tarde, às 15h, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve divulgar o Livro Bege, um relatório que resume as condições econômicas atuais. O documento serve como base para as discussões sobre a política monetária na próxima reunião do Fed.
No cenário doméstico, os investidores analisam as declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ontem, ele celebrou o crescimento de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre deste ano, período de abril a junho. Diante desse resultado, o governo está considerando revisar a estimativa de arrecadação de receitas. Haddad explicou que a Secretaria de Política Econômica (SPE) já previa um crescimento entre 1,35% e 1,4%, o que acabou se confirmando.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Com base nesse desempenho, o ministro indicou que o governo pode revisar o PIB anual para uma taxa superior a 2,7% ou 2,8%, e mencionou que algumas instituições já projetam um crescimento superior a 3%. Essa melhora na previsão de crescimento pode levar a uma nova projeção de receitas para o próximo ano.
Haddad destacou que o Orçamento apresentado ao Congresso Nacional no final de agosto foi baseado em dados disponíveis em julho, incluindo a estimativa de receitas. O governo fechou o Orçamento para 2025 com uma previsão de crescimento do PIB de 2,5% para este ano, mas o desempenho econômico pode superar essa expectativa, o que poderia resultar em um ajuste nas receitas previstas.
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (4), Haddad disse que os dados positivos da economia divulgados recentemente são resultado de um “ciclo virtuoso” gerado por “ajustes no lugar certo”.
Para a TV, o ministro da Fazenda minimizou a possibilidade de que um crescimento econômico mais potente possa desencadear um descontrole nos preços, resultando em inflação. No entanto, ele evitou comentar diretamente sobre o nível dos juros básicos da economia, que é o principal mecanismo utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Publicidade
Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá para decidir sobre a taxa Selic, e há especulações de que possa ocorrer um aumento nos juros para “esfriar” a economia e conter pressões inflacionárias.
Haddad preferiu não interferir nessa decisão, afirmando: “Confiamos na capacidade técnica, não acho elegante da minha parte dizer o que o BC tem de fazer. Assim como eles também respeitam a autoridade fiscal da Fazenda.”
Também no Brasil, os investidores repercutem os dados da produção industrial brasileira divulgados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (4). Os números apontam que o indicador recuou 1,4% em julho, devolvendo parte do crescimento de 4,3% (revisado para cima) registrado em junho. O resultado veio abaixo do esperado, já que o consenso de analistas da London Stock Exchange Group (LSEG) previa uma queda de 0,9% na comparação mensal.
Apesar dessa queda, na comparação com julho de 2023, a produção industrial apresentou um crescimento de 6,1%. No acumulado do ano, a alta é de 3,2%, e em 12 meses, o crescimento chega a 2,2%.
Com esses resultados, a indústria está agora 1,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 15,5% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em maio de 2011.
Publicidade
Entre junho e julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e apenas sete dos 25 setores industriais pesquisados apresentaram queda na produção.
As principais contribuições negativas vieram dos setores de produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).
Por outro lado, entre as 18 atividades que registraram aumento na produção, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,0%) teve o maior impacto positivo em julho, acelerando em relação ao crescimento de 4,8% em junho.
Outros setores que se destacaram incluem produtos de metal (8,4%), produtos diversos (18,8%), produtos químicos (2,7%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%), máquinas e equipamentos (4,2%), impressão e reprodução de gravações (23,4%), produtos de borracha e material plástico (3,5%), outros equipamentos de transporte (9,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%) e confecção de vestuário e acessórios (5,5%).
Publicidade
Veja a cotação do dólar em tempo real.
Invista em informação
As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador