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Novas regras sobre assessor de investimentos empoderam investidor, dizem especialistas

A CVM emitiu duas novas resoluções sobre o assessor de investimentos; veja a opinião dos especialistas

Novas regras sobre assessor de investimentos empoderam investidor, dizem especialistas
Especialistas do setor financeiro tecem elogios sobre novas resoluções da CVM (Foto: Warren/Divulgação)

As novas regras sobre o assessor de investimentos trazem transparência e empoderam o investidor em relação à administração de seu patrimônio por terceiros, disseram Luiz Carvalho (Gerente de distribuição da Anbima), Tito Gusmão (CEO da Warren), Caio César (Head comercial da RN Investimentos) e Francisco Amarante (Superintendente da ABAI). As falas foram ditas em evento da Anbima realizado nesta quinta-feira (5), o Anbima Day.

A resolução CVM 178 retira a necessidade de exclusividade na relação entre o investidor e o assessor de investimentos. A medida também reforça os deveres dos assessores em divulgar a estrutura remuneratória e potenciais conflitos de interesse ao investidor. Já a resolução 179 exige a criação de extrato de remuneração trimestral, para tentar aumentar a transparência para o investidor.

Segundo Luiz Carvalho, gerente de distribuição da Anbima, a mudança gerou discussões entre empresas e representantes do segmento, mas o setor financeiro conseguiu chegar a um consenso e o maior beneficiário dessa resolução será o investidor. “De modo geral, o serviço bem prestado ao investidor é que diferenciará. A transparência também é um ponto fundamental e positivo para o investidor”, diz Carvalho.

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Já Francisco Amarante, superintendente da ABAI, comentou que a medida é interessante e empodera o investidor. Segundo ele, a resolução auxilia as pessoas a questionarem se o assessor está fazendo uma boa gestão. Na visão dele, o indivíduo pode perguntar se alguma mudança realizada na carteira traz benefício fiscal para ele ou não.

Tito Gusmão, CEO da Warren, comentou que a nova regra de remuneração faz com que o investidor não seja cobrado pelos produtos e sim pelo serviço que o assessor prestará ao cliente. Segundo ele, isso pode acabar com alguns conflitos de interesse por reduzir a quantidade de produtos que o assessor pode colocar na carteira do investidor de forma desnecessária.

“É claro que o investidor não vai ficar o tempo todo olhando sua carteira. Um médico não ficará olhando se o assessor dele está ganhando muito ou não. Ele só vai ver se se sentir prejudicado, se as coisas não andarem como o esperado e prometido. Por esse lado, isso será positivo”, aponta Gusmão.

Durante o painel no evento da Anbima, o executivo foi questionado se ele concorda com a afirmação de que a remuneração fixa para o assessor de investimentos vai deixá-lo preguiçoso, pelo fato de não exigir um esforço maior para o cliente ter uma melhor rentabilidade. “Em minha visão, isso não é verdade. Na realidade, preguiçoso é aquele que não se atualizar. Um exemplo é o próprio ChatGPT. As pessoas que não se acostumarem a usar a inteligência artificial nos dias atuais tendem a ficar para trás”, aponta o CEO da Warren.

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