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Dólar hoje abre em queda após debate entre Kamala e Trump, e mercado à espera de dados de inflação nos EUA

No cenário brasileiro, o desempenho do volume de serviços prestados em julho também deve chamar a atenção dos investidores

Dólar hoje abre em queda após debate entre Kamala e Trump, e mercado à espera de dados de inflação nos EUA
Foto: Karolina Kaboompics | Pexels

O dólar hoje abriu o pregão em queda de 0,37%, a R$ 5,6338. O principal foco do mercado nesta quarta-feira (11) é o resultado de agosto do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Além disso, investidores repercutem o debate eleitoral à presidência americana na noite de terça-feira (10).

Na sabatina, a candidata Kamala Harris foi amplamente vista como vencedora do confronto. Durante mais de 90 minutos, Donald Trump e Kamala Harris discutiram temas considerados fundamentais para os americanos, como direito ao aborto, política de imigração e questões econômicas. No cenário brasileiro, o desempenho do volume de serviços prestados em julho também deve chamar a atenção dos investidores.

A previsão é de que o Departamento de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS) divulgue, às 9h30 (horário de Brasília), o índice de preços ao consumidor (CPI) referente a agosto. No mês de julho, o índice geral apresentou uma variação de 0,2% em relação ao mês anterior e subiu 3,2% em termos anuais; o núcleo do índice também variou 0,2% no mês e aumentou 3,2% em base anual. As projeções para o núcleo indicam uma variação de 0,2% no mês e 3,2% no ano, enquanto para o índice geral, espera-se uma variação de 0,2% no mês e 2,6% no ano.

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No cenário doméstico, as atenções se voltam à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) relativa a julho, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), às 9h. Em junho deste ano, o volume de serviços no Brasil cresceu 1,7% em comparação a maio, considerando a série com ajuste sazonal, após ter registrado uma queda de 0,4% no mês anterior. Na série sem ajuste sazonal, em relação a junho de 2023, o volume de serviços apresentou um crescimento de 1,3% em junho de 2024, após uma variação negativa de 0,1% em maio.

Dólar fechou pregão de terça-feira em alta de 1,32%; qual o motivo?

dólar ontem fechou o pregão sendo vendido a R$ 5,6553, um aumento de 1,32% em relação ao real. Na máxima do dia, o câmbio chegou a ser negociado a R$ 5,6714. Na sessão, os investidores acompanharam os dados de inflação no Brasil, o fortalecimento da moeda americana em economias emergentes, com os mercados adotando uma postura mais cautelosa, aguardando os próximos dados de inflação dos Estados Unidos, e após a divulgação de indicadores econômicos frágeis vindos da China.

No cenário global, os investidores mostravam prudência antes da divulgação do índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, previsto para quarta-feira (11), o último dado relevante antes da próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para os dias 17 e 18 de setembro, que poderá influenciar a magnitude do corte de juros a ser implementado pelo banco central.

A expectativa predominante no mercado é de que o Fed vá reduzir suas taxas de juros, atualmente situadas entre 5,25% e 5,50%, durante o encontro de setembro, sobretudo após o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmar no mês passado que “chegou o momento” de ajustar a política monetária para evitar um enfraquecimento adicional no mercado de trabalho.

No entanto, operadores do dólar ainda debatem o tamanho do corte, considerando que o relatório de emprego mais recente do payroll, divulgado na sexta-feira, trouxe resultados contraditórios, o que não contribuiu para consolidar as apostas em torno de uma redução de 25 ou 50 pontos-base.

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No Brasil, por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou queda de 0,02% em agosto, segundo dados divulgados na manhã de hoje.

O grupo Alimentação e bebidas caiu 0,44%, puxando o índice geral para baixo em 0,09 ponto percentual (p.p.), enquanto o grupo Habitação recuou 0,51%, com uma contribuição negativa de 0,08 p.p. Juntos, esses dois grupos, que representam 36,53% do IPCA, foram determinantes para o resultado. O IPCA de agosto representa uma desaceleração em relação a julho, quando o índice subiu 0,38%. Em agosto de 2023, a alta foi de 0,23%.

Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,24%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado de 2024, o índice registra alta de 2,85%. O resultado veio levemente melhor do que o esperado pelo mercado, que previa uma variação de 0% no mês e 4,26% em 12 meses. Mas, embora indique uma desaceleração em comparação com o mês anterior, o IPCA ainda revelou uma inflação longe do objetivo central de 3% almejado pelo Banco Central, o que tem gerado preocupação entre os membros da instituição.

Até agora, a moeda americana exibiu queda de 0,15% na semana, baixa de 0,90% no mês e alta de 15,03% no ano.

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