Após o Itaú BBA elevar a sua recomendação para as ações da Petrobras (PETR4) de neutro para outperform (o equivalente a compra) nesta manhã desta segunda-feira (16), a estatal atingiu o maior número de recomendações de compra dos grandes bancos desde o início do governo Lula.
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Ao todo, Bank of America, Banco do Brasil, BTG Pactual (BPAC11), Bradesco (BBDC4), Goldman Sachs, HSBC, Itaú BBA, Morgan Stanley, Santander (SANB11), Scotiabank, UBS e XP Investimentos recomendam compra para os papéis da empresa, somando doze bancos no total. Citi, Jefferies, JPMorgan e Safra mantêm classificação neutra.
Em janeiro de 2023, no início da gestão de Jean Paul Prates à frente da empresa e do governo Lula, o UBS recomendava venda (7%), enquanto 67% tinham classificação neutra e apenas 27% indicavam compra. Um ano antes, ainda no governo Bolsonaro, 81% dos bancos recomendavam compra e 19% mantinham classificação neutra. Hoje, são 75% para compra e 25%, neutra.
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“No início de 2023, assumiu Jean Paul Prates e o mercado ficou na dúvida de qual mudança seria feita na companhia, mas nada mudou. Depois entrou a Magda, e nada aconteceu. A empresa continuou gerando caixa e o mercado entendeu que a governança da empresa funciona, então acaba sendo uma recomendação de compra óbvia”, disse um analista ao Broadcast, que preferiu não se identificar.
Rafael Passos, sócio e analista da Ajax Asset, diz que, com a valorização do petróleo desde a pandemia e a forte atuação da Opep+ sobre a cotação da commodity, tem sido um bom momento para empresas petrolíferas como um todo, o que inclui a Petrobras.
“A Petrobras estava mais descontada do que os pares internacionais e com uma política de dividendos agressiva, então esse tem sido o contexto da empresa desde a pandemia. O que trouxe as mudanças de recomendação (para baixo) foram os ruídos políticos, com temor de interferência no comando”, ele afirma, e destaca que os níveis baixos de alavancagem da empresa no momento também favorecem o pagamento de proventos.