O dólar hoje fechou em baixa refletindo expectativas em torno da Super Quarta, quando o Federal Reserve (Fed) dos EUA deve reduzir as taxas de juros, enquanto o Banco Central do Brasil provavelmente deve fazer o caminho inverso. Esse cenário amplia o diferencial de juros entre os dois países, favorecendo a valorização do real. No fechamento, o dólar recuou 0,41%, cotado a R$ 5,4882. Foi a quinta baixa seguida do dólar.
O comportamento da moeda no Brasil se distanciou do observado no mercado externo. No cenário global, o dólar registrava uma alta de 0,22% em relação a outras moedas importantes, impulsionado por dados econômicos dos EUA melhores do que o previsto. As vendas no varejo norte-americano subiram 0,1% em agosto em relação ao mês anterior, superando a expectativa de uma queda de 0,2%. Além disso, a produção industrial dos EUA avançou 0,8% em agosto, muito acima da projeção de crescimento de 0,2%.
Com esses resultados indicando que a economia americana continua aquecida, há uma tendência de que o Fed opte por um corte de juros mais modesto, de 0,25 ponto percentual. Entretanto, a maioria dos investidores (65%) ainda aposta em uma redução de 0,5 ponto percentual, enquanto 35% acreditam em um corte menor de 0,25 ponto percentual.
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No Brasil, a diretoria colegiada do Banco Central (BC) iniciou hoje o primeiro dia de reuniões do Conselho de Política Monetária (Copom). A agenda incluiu a participação de todos os diretores, além do presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
A primeira sessão começou às 10h e terminou às 12h, com um intervalo para o almoço. As discussões foram retomadas às 14h e deve durar até o início da noite. O resultado final das reuniões será divulgado apenas após o segundo dia de encontro, na quarta-feira (18).
Pela manhã, o dólar abriu em queda de 0,18%, cotado a R$ 5,501.