Nesta quinta-feira (19), os mercados acionários norte-americanos avançaram após o anúncio, ontem, do primeiro corte da taxa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em quatro anos. A perspectiva de que mais reduções estão por vir em 2024 animaram os investidores, mas por outro lado,a incerteza quanto ao ritmo da trajetória de juros americana deu fôlego para a ponta longa dos juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) e para o dólar no exterior.
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Além disso, a queda inesperada dos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, a 219 mil, corroborou o quadro sugerido pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de que o mercado de trabalho está em desaceleração, mas permanece forte e sem sinais preocupantes de demissões em massa.
Esse clima positivo também se estendeu para as bolsas na Europa, que fecharam em alta.
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Entre os ativos domésticos, destaque para o real, que registrou o sétimo fechamento em alta na comparação com o dólar, beneficiado pela valorização das commodities e pela ampliação do diferencial de juros interno e externo.
O dólar frente ao real fechou com queda de 0,69% aos R$ 5,42. Já o Ibovespa fechou em queda de 0,47% aos 133.123 pontos, com recuo de papéis de bancos e de setores cíclicos, refletindo a decisão de ontem à noite do Copom de elevar a taxa Selic em 0,25 pp, para 10,75% ao ano, em um comunicado considerado duro pelo mercado, o que sugere a possibilidade de uma alta maior da taxa nas próximas reuniões do comitê.
Além do ambiente doméstico, os juros futuros avançaram sob influência também da alta dos rendimentos dos Treasuries.
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