Quando se trata da reserva de uma quantia extra, muitos investidores escolhem a conta poupança para aplicar o dinheiro. A ferramenta tradicional é conhecida por sua segurança e por um retorno financeiro mais rápido. Porém, em cenários onde os juros estão altos, essa ferramenta pode ser bem prejudicada.
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Desde 2012, o Banco Central do Brasil (BCB) estabeleceu que o rendimento dos valores aplicados na poupança varia conforme a porcentagem do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), a taxa básica de juros do país.
Por isso, quando os juros estão em alta, esse meio de investimento deixa de ser atrativo, já que o retorno financeiro é reduzido e fica bem inferior à inflação. E é exatamente nesse cenário que a economia brasileira se encontra, no momento.
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Após o corte de juros nos Estados Unidos em 50 pontos-base, para o intervalo entre 4,75% e 5%, a Selic no Brasil subiu de 10,50% para 10,75%. Em alguns setores, esse aumento é benéfico, mas em outros o impacto pode ser negativo.
Assim, as rendas fixas que acompanham essa alta diretamente se tornam mais vantajosas, como o Tesouro Selic e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
Por isso, vale a pena o investidor diversificar suas aplicações nesse momento de juros elevados, com o intuito de ser contemplado por retornos superiores à inflação.
Como funciona a rentabilidade da poupança de acordo com a Selic?
Para um melhor compreendimento sobre o efeito da Selic na poupança, é importante saber sobre o seu funcionamento.
Por exemplo, quando a Selic está abaixo ou igual a 8,5% ao ano, a conta rende 70% da taxa básica mais a taxa referencial (TR). Já nos casos em que a Selic ultrapassa 8,5%, a rentabilidade é fixada em 0,5% ao mês (6,17% ao ano), somada à TR, que normalmente se aproxima de 0%.
Quero investir R$ 5 mil na poupança: qual é o rendimento com a Selic a 10,75%?
Em reportagem do E-Investidor, Rafael Haddad, especialista do C6 Bank, ilustrou uma projeção de quanto determinadas quantias renderiam nesse mecanismo, com a Selic a 10,75%.
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No caso de um investimento de R$ 5 mil, a rentabilidade bruta – ou seja, sem descontos de Imposto de Renda (IR), taxas ou inflação – seria de 7,02%. A mesma porcentagem seria válida na rentabilidade líquida – ou seja, com descontos de IR e taxas.
Já a rentabilidade real atingiria 2,85%. Com esse quadro, o rendimento final contemplado pelo investidor seria de R$ 5.351,00.
A segurança da conta poupança está relacionada com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A associação assegura ao investidor o recebimento de uma quantia de até R$ 250 mil, em situações de calote ou quebra do banco.
Colaborou: Jennifer de Carvalho.
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