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Dólar hoje abre em forte alta com previsão de avanço na Selic

Segundo o Relatório Focus do Banco Central, divulgado na manhã de hoje, a inflação subiu de 4,35% para 4,37%

Dólar hoje abre em forte alta com previsão de avanço na Selic
O dólar atingiu a sua maior cotação desde agosto de 2022. (Foto: Adobe Stock)

O dólar hoje abriu em forte alta de 1,01%, a R$ 5,5764. No fechamento de sexta-feira (20), a moeda americana fechou em alta de 1,78%, cotado a R$ 5,5209, com investidores realinhando suas carteiras após quedas recentes da moeda dos Estados Unidos, somado a preocupações com a situação fiscal no Brasil. O valor tanto de hoje quanto de sexta estão dentro da média indicada pelos especialistas.

Hoje, no mercado doméstico, os investidores estão de olho na mediana das projeções para a inflação brasileira em 2024. Segundo o Relatório Focus do Banco Central, divulgado na manhã de hoje, a inflação subiu de 4,35% para 4,37%. Para 2025, a expectativa aumentou de 3,95% para 3,97%, e para 2026, de 3,61% para 3,62%. A taxa Selic esperada para o fim de 2024 foi ajustada de 11,25% para 11,50%, enquanto para 2025 e 2026 permaneceu em 10,50% e 9,50%, respectivamente.

A meta de inflação do BC é de 3,00% para os próximos três anos, com uma margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

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A previsão de crescimento do PIB em 2024 aumentou de 2,96% para 3,00%, e as estimativas para 2025 e 2026 mantiveram-se em 1,90% e 2,00%. No segundo trimestre, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, superando as expectativas do mercado, que previam 0,9%.

A mediana das expectativas para o dólar no fim de 2024 e 2025 ficou estável em R$ 5,40 e R$ 5,35, respectivamente, enquanto para 2026, permaneceu em R$ 5,30.

IPCS-S acelera 0,44%

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou para 0,44% na terceira leitura de setembro, ante 0,21% na anterior, acumulando alta de 4,35% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Economia, da Faculdade Getulio Vargas (FGV Ibre). Seis dos oito grupos analisados registraram aumento, com destaque para Habitação (1,15%) impulsionada pela alta na tarifa de eletricidade (4,31%).

Outros grupos como Despesas Diversas e Alimentação também subiram. Já Transportes (-0,14%) e Comunicação (0,06%) apresentaram queda, com destaque para gasolina (-0,50%) e combos de telecomunicação (-0,39%). Os preços foram coletados de 23 de agosto a 22 de setembro.

No cenário internacional, os agentes do mercado estão atentos aos pronunciamentos de líderes do Federal Reserve (Fed), incluindo intervenções de Neel Kashkari (Minneapolis), Raphael Bostic (Atlanta) e Austan Goolsbee (Chicago).

Até agora, o dólar exibe queda de 0,83% na semana, baixa de 1,98% no mês e avanço de 13,77% no ano.

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