O Safra iniciou a cobertura das ações do Nubank, negociadas na Bolsa de Nova York, com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 16,50, o que indica um potencial de alta de 19% nos próximos 12 meses. De acordo com o banco, a fintech tem crescido com uma boa execução, mas os múltiplos a que é negociada no mercado são altos.
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“A abordagem ‘digital primeiro’, com aceitação simples e uma experiência de usuário superior permitiram à empresa ganhar escala local, dominando o segmento massificado, e agora, o Nubank está expandindo seus limites para aumentar a relevância nos segmentos de alta renda e em outros países da América Latina”, escreve a equipe liderada pelo analista Daniel Vaz.
Por outro lado, a avaliação de mercado do banco digital reflete a maior parte do potencial de crescimento, na avaliação do Safra, o que limita o potencial de valorização das ações a curto prazo. “Para nós, investidores de longo prazo combinam mais com o Nubank, dado que sua capacidade de inovar e se adaptar provavelmente vai gerar resultados ao longo do tempo.”
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Os analistas afirmam que os novos horizontes de crescimento do Nu trazem desafios, como a forte competição no segmento de alta renda, vinda tanto dos bancos tradicionais quanto de plataformas nascidas no mercado de investimentos, como a XP e o BTG Pactual (BPAC11).
A expansão no consignado no Brasil é uma “questão de tempo”, mas ganhar espaço no México, segunda maior operação da empresa, é mais complexo. “Diferente do Brasil, em que o Nubank surfou um mercado sedento por digitalização, o México tem barreiras estruturais e culturais para além da competição com os incumbentes”, diz o relatório.
O Safra estima que o Nubank lucrará US$ 2,06 bilhões neste ano, US$ 2,95 bilhões em 2025 e US$ 4,20 bilhões em 2026.
