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Greve nos portos dos EUA: paralisação pode impactar estas ações

Os trabalhadores exigem reajuste salarial e são contrários à automação dos processos, assim como o uso de IA

Greve nos portos dos EUA: paralisação pode impactar estas ações
A paralisação dos portos da costa leste dos Estados Unidos inicou nesta terça-feira (1) (Foto: Stock Adobe)

A greve dos trabalhadores portuários da costa leste dos Estados Unidos tem potencial de afetar os estoques das companhias e pressionar os preços de produtos no mercado norte-americana. Segundo informações do Business Insider, os trabalhadores exigem reajuste salarial de 61,5% na renovação dos seus contratos de trabalho, que encerraram nesta segunda-feira (30), e são contrários à adoção de tecnologias de automação, assim como o uso de IA. A paralisação teve início nesta terça-feira (1º).

Apesar do problema se restringir apenas ao litoral dos Estados Unidos, especialistas afirmam que, se a paralisação durar mais de duas semanas, poderá impactar as ações das companhias de capital aberto que dependem do sistema portuário para escoar ou importar produtos, além de pressionar a inflação dos alimentos. Dentro desse contexto, estão as ações das varejistas, como Amazon (AMZN) e Walmart (WMT), que devem ser as mais afetadas.

“A greve dos trabalhadores portuários impacta todos os setores. As empresas de tecnologia, como as semicondutores, têm muitos produtos importados. Todo o comércio exterior que não depende de avião será afetado”, ressaltou Marcelo Cabral, sócio e gestor da Stratton Capital, gestora de investimentos com o foco no mercado norte-americano. As companhias do setor de logística e até as montadoras de veículos, como a Tesla (TSLA), também estão suscetíveis ao risco de a greve não ter um fim no curto prazo.

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Mesmo com o alerta, os especialistas ponderam que os investidores precisam acompanhar os desdobramentos da paralisação para entender a magnitude das consequências. Até o momento, a paralisação não traz grandes preocupações com potencial de fazer preço para as ações das companhias listadas na bolsa. “Por ora, o mercado parece estar respondendo mais à escalada dos conflitos no Oriente Médio do que à greve, justamente porque os impactos tendem a ser limitados caso haja um acordo no curto prazo”, afirma Paula Zogbi, gerente de Research e Head de conteúdo da Nomad.

No pregão desta quarta-feira (2), os índices S&P500 e Nasdaq encerraram as negociações próximos da estabilidade com leves variações positivas de 0,014% e 0,082%, respectivamente.