A Flórida se prepara para enfrentar um dos furacões mais perigosos de sua história recente. Milton, que já chegou à categoria 4, tem potencial para se intensificar para a categoria 5, a mais destrutiva. A previsão é de que o furacão atinja a costa sudeste do estado americano na noite desta quarta-feira (9), trazendo ventos fortes e chuvas intensas.
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Autoridades locais e federais estão em alerta máximo, mobilizando recursos e ordenando evacuações para garantir a segurança da população. De acordo com informações do Estadão, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou Milton como “a pior tempestade na Flórida em um século” e reforçou os pedidos para que os moradores em áreas de risco saiam imediatamente.
Qual o impacto no mercado de seguros da Flórida?
Com a chegada do furacão Milton, o mercado de seguros da Flórida enfrenta mais uma vez o desafio de lidar com eventos climáticos extremos, especialmente devido aos recentes danos causados pelo furacão Helene, que, há menos de duas semanas, resultou em mais de 200 mortes e sobrecarregou o mercado de seguros local.
A expectativa é de que o impacto do furacão, caso mantenha sua intensidade, resulte em um número significativo de sinistros, afetando diretamente os custos e a operação das seguradoras.
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De acordo com matéria do E-Investidor, recentemente, o mercado de seguros de propriedade e acidentes nos EUA registrou quedas nas ações, refletindo o temor de mais um ano de pesadas perdas.
Além dos custos diretos relacionados às tempestades, o mercado enfrenta um problema adicional: a cobertura limitada contra inundações. Já que a maioria das apólices padrão na Flórida não inclui proteção contra esse tipo de dano. Para obter cobertura contra inundações, é necessário contratar apólices específicas oferecidas pelo National Flood Insurance Program (NFIP), gerido pelo governo federal.
No entanto, a adesão a esse programa é relativamente baixa, o que aumenta a preocupação com o impacto financeiro que os moradores e as seguradoras terão de enfrentar após a passagem do furacão Milton.
Esse caos no mercado de seguros pode acontecer no Brasil?
Com este cenário preocupante nos Estados Unidos, no que diz respeito ao aumento dos valores de seguros e colapso deste mercado, é comum que as pessoas tragam o cenário em questão para a própria realidade e se questionem: isso poderia acontecer no meu país?
No caso do Brasil, é mais fácil de entender como uma catástrofe climática impactaria esse mercado. Isso porque, algo muito parecido já aconteceu no país, quando o estado do Rio Grande do Sul passou por um desastre ambiental de grandes proporções que começou no final de abril causando destruição em larga escala. Isso afetou áreas densamente povoadas o que resultou em um número crescente de sinistros reportados às seguradoras.
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Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), mais de 23 mil comunicados de acidentes já foram registrados, totalizando aproximadamente R$ 1,67 bilhão em indenizações previstas.
Conforme matéria da Agência Brasil, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, afirma que esse valor ainda está distante de representar a real dimensão dos prejuízos, já que muitas pessoas ainda não notificaram suas perdas devido à necessidade de priorizar a sobrevivência e a preservação de seus bens.
Apesar da gravidade da situação, Oliveira afirmou que o sistema de seguros no Brasil é robusto e tem capacidade para arcar com as indenizações do evento climático, minimizando o risco de colapso do setor.
Com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos, como o furacão na Flórida quanto as fortes chuvas no Brasil, o setor de seguros é mais comumente impactado, o que preocupa os assegurados.
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Colaborou: Renata Duque.