A inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos acima do esperado deu mais força nesta quinta-feira (10) para expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortará juros em 0,25 ponto porcentual em novembro, impulsionando novamente os rendimentos médios e longos dos Treasuries (títulos de dívida pública americana).
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O índice de preços indicou alta mensal de 0,3%, acima da expectativa de avanço de 0,2%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses a alta foi de 2,4% ante expectativa de 2,3% – o núcleo (que exclui itens voláteis, como alimentos e energia) em 12 meses avançou 3,3%, acima da estimativa de 3,2%.
Nos mercados financeiros, o dólar se fortalecia em relação a divisas rivais, enquanto os índices de Nova York iniciavam a tarde no campo negativo. Na Europa, as bolsas encerraram a sessão em queda, repercutindo o baixo apetite ao risco após os dados nos Estados Unidos, além da ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
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Entre as commodities, após nova queda do minério de ferro nesta madrugada na China, de 1,02%, o petróleo iniciou o período da tarde acelerando para uma alta superior a 3%, com investidores de olho no aumento do uso de combustível nos EUA antes do furacão Milton passar pela Flórida, além de novos riscos de oferta no Oriente Médio diante do aumento das tensões.
No Brasil, as vendas no varejo no conceito restrito reforçaram a leitura de resiliência da atividade econômica ao recuarem 0,3% em agosto, melhor do que previam os analistas (queda de 0,6%). Já em 12 meses o avanço foi de 5,1%, contra estimativa de 3,6% do consenso. No entanto, o avanço dos Treasuries e persistentes preocupações com a inflação adicionavam mais prêmios aos juros futuros e limitavam o ímpeto do Ibovespa.
Por volta das 14h10, o principal índice da B3 operava próximo da estabilidade, aos 129.863 pontos, enquanto o dólar avançava 0,19% frente ao real, cotado a R$ 5,60.
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