O Citi avalia que a flexibilização da regulação de preços de planos individuais, que foi à audiência pública pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na última segunda-feira (7), for aprovada, pode beneficiar operadores ao permitir a correção de contratos deficitários, mas também pode levar a uma redução na competição entre os provedores de saúde.
Leia também
Caso a flexibilização da regulação de preços seja aprovada, pode haver um risco de canibalização para planos de afinidade, o que seria prejudicial para a Qualicorp (QUAL3), avaliam os analistas Leandro Bastos e Renan Prat, em relatório.
Ao aplicar um filtro que exige uma contribuição mínima de vendas individuais superior a 15% do total de vendas e uma sinistralidade (MLR) acima de 90%, somente Amil e Unimed-Gôiania se qualificariam para um possível aumento de preço significativo.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O banco avalia, no entanto, que é necessário obter mais detalhes sobre os critérios para determinar a importância mínima dos planos individuais, assim como a intensidade e duração do déficit requeridos. “A introdução de condições regulatórias, como medidas compensatórias, que podem incluir a retomada da venda de planos individuais, pode reduzir o interesse de potenciais candidatos”, aponta.
Com base em uma análise dos portfólios individuais dos grandes operadores considerando o cenário atual, o Citi aponta que as operadoras verticalizadas, como Hapvida (HAPV3), Prevent e Humana, conseguem manter níveis de sinistralidade (MLR) controlados, devido a suas eficientes gestões de custos e alinhamento de incentivos.
Em contrapartida, o banco aponta que as operadores de saúde não verticalizados, como Bradesco, SulAmerica (SULA11) e Amil, enfrentam MLR acima de 100%, possivelmente devido a vendas estagnadas, envelhecimento rápido dos portfólios, redes abertas e seleção adversa.