- Os estúdios de cinema de Hollywood são tanto uma fábrica de sonhos quanto a Tesla, a empresa de carros elétricos de Elon Musk
- Mas as promessas do Sr. Musk foram, como muitos filmes de Hollywood, grandiosas em bombástico e escassas em realidade
- O evento de lançamento do robotáxi Cybercab, que foi superficial em detalhes, decepcionou os investidores; as ações da Tesla caíram 9% no dia seguinte
Elon Musk foi o primeiro a dar uma volta no elegante Cybercab autônomo da Tesla na semana passada, viajando orgulhosamente pelas ruas da cidade em um cenário de estúdio nos estúdios da Warner Bros. em Burbank, Califórnia.
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Para o público sintonizado na transmissão ao vivo, foi a chance de finalmente vislumbrar o robotáxi da Tesla após cinco anos de expectativa. As pessoas tinham grandes esperanças: afinal, estamos falando de Musk. Sob sua liderança, a Tesla revolucionou o transporte, tornando os carros elétricos uma realidade e superando o desempenho e a eficiência da bateria que os insiders da indústria pensavam ser possível.
Mas apenas os blogueiros e entusiastas da Tesla, que fizeram test drives no evento especial naquela noite e que elogiaram o Cybercab no X e no YouTube, pareciam impressionados. Como descreveu um analista do Wells Fargo em uma nota no dia seguinte: “As demonstrações do Cybercab foram realizadas em um set de filmagem em um ambiente bem controlado e eram muito semelhantes a um passeio lento e curto em um parque de diversões”.
Isso porque, no momento em que a Tesla revelou seu veículo robotáxi em propriedade privada controlada, os concorrentes já estavam nas estradas públicas em áreas urbanas complexas e de alto tráfego há anos. A Waymo, de propriedade da Alphabet, dona do Google, está realizando 100.000 corridas pagas por semana em São Francisco e Los Angeles e espera estar em Austin e Atlanta em parceria com a Uber no início do próximo ano.
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A Cruise, de propriedade da General Motors, que teve de pausar seu serviço comercial desde um acidente no ano passado, estava operando em São Francisco, Phoenix, Austin e Houston antes do fechamento. A Apollo Go, empresa de robotáxis da Baidu, diz ter facilitado mais de 7 milhões de corridas de robotáxi na China.
“Os anúncios da Tesla como este, até agora, têm sido sobre [como] a Tesla [está] fazendo algo novo pela primeira vez que ninguém mais fez. Mas isso não é verdade aqui”, diz Richard Bishop, consultor de veículos autônomos que publica relatórios sobre a indústria de robotáxis. “Os robotáxis estão por aí há alguns anos, e mais estão prestes a chegar com grandes volumes de carros. Então ele está anunciando algo meio menor e minúsculo em comparação com o que já está no mercado”.
Capacidades técnicas à parte, parte da decepção está no timing – e em quanto ainda pode estar no caminho entre a Tesla e um serviço de robotáxi Cybercab em pleno funcionamento.
O evento do lançamento frustrou tanto os investidores que as ações da Tesla caíram 9% no dia seguinte. Na segunda (14) os papéis da empresa de Musk esboçaram uma reação, subindo 0,62%.
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Com a desvalorização das ações, o patrimônio de Musk encolheu em cerca de US$ 15 bilhões ou R$ 66 bilhões. Embora Musk ainda detenha uma fortuna impressionante de US$ 240 bilhões, a queda foi sentida pelo mercado, dada sua participação de aproximadamente 13% nas ações da Tesla. Os papéis têm desvalorização de 2,97% em 2024.
A decepção dos investidores da Tesla tem a ver com a forte concorrência no setor e com o tempo de implementação do projeto.
Musk disse que a Tesla pretende iniciar a produção do Cybercab antes de 2027, mas disse que o público inicialmente experimentará o serviço de robotáxi em carros Tesla existentes, em vez dos veículos Cybercab especialmente projetados. A Tesla trará capacidades de direção autônoma total e sem supervisão para os carros Tesla Model 3 e Model Y existentes no Texas e na Califórnia no próximo ano (Atualmente, a Tesla está apenas fazendo FSD assistido por motorista).
Quando os robotáxis vão entrar em operação?
Mas Musk não entrou em detalhes sobre o cronograma ou implementação operacional, nem especificou se a Tesla planeja gerenciar o serviço por conta própria ou vender veículos para empresas ou indivíduos que o fariam.
“Acho que haverá um modelo de negócios interessante em que, digamos, alguém é um motorista do Uber ou Lyft hoje, onde eles podem realmente gerenciar uma frota de carros… E apenas cuidar deles como um pastor para um rebanho”, disse Musk vagamente.
Seth Goldstein, estrategista de ações da Morningstar, disse que, se o lançamento do FSD em Califórnia e Texas for bem-sucedido, ele espera que a Tesla comece a implementar o software de direção autônoma em mais estados e, eventualmente, em outros países. Depois disso, Goldstein disse que a Tesla pode passar a iniciar um serviço de robotáxi usando essa mesma tecnologia.
“Isso provavelmente será em 2026 no mínimo, assumindo um lançamento bem-sucedido do FSD sem supervisão para os motoristas da Tesla”, disse Goldstein em um e-mail.
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Mas Bishop estima que levará muito mais tempo para a Tesla começar a escalá-lo em qualquer capacidade. Ele estima que a Tesla levará “pelo menos cinco anos” apenas para chegar ao ponto em que a Waymo está operando hoje.
Seja qual for o cronograma da Tesla, a empresa parece não ter começado a trabalhar em nenhuma das aprovações regulatórias de que precisará para colocar o Cybercab na estrada ou iniciar testes sem motorista na Califórnia. Tanto o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia quanto a Comissão de Serviços Públicos da Califórnia, que regulam a direção autônoma no estado da Califórnia, disseram que a Tesla ainda não havia entrado em contato com eles sobre permissões de motorista e passageiro sem motorista. “Não fomos contatados sobre isso”, disse uma porta-voz da CPUC.
Musk gosta de dizer que às vezes é excessivamente otimista sobre os cronogramas dos produtos que anuncia com grande pompa. Quando se trata do há muito adiado serviço de robotáxi da Tesla, Musk pode não ter sido otimista o suficiente.
Esta história foi originalmente apresentada na Fortune.com
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*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
