- O Ibovespa hoje finalizou o dia em baixa de 0,22% aos 130.499,26 pontos, oscilando entre máxima a 131.724,66 pontos e mínima a 130.121,08 pontos
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3), LWSA (LWSA3) e Minerva (BEEF3)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Carrefour (CRFB3), Brava Energia (BRAV3) e Vivara (VIVA3)
O Ibovespa hoje fechou a última sessão da semana em queda, sem o apoio de ações ligadas a commodities. Após abrir esta sexta-feira (18) aos 131.724,66 pontos, o índice da B3 finalizou o dia em baixa de 0,22% aos 130.499,26 pontos, oscilando entre máxima a 131.724,66 pontos e mínima a 130.121,08 pontos, com volume negociado de R$ 22,1 bilhões.
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As ações de maior peso para o Ibovespa terminaram o pregão no campo negativo. Os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) cederam 0,54%, enquanto os preferenciais (PETR4) caíram 0,27%, acompanhando a desvalorização dos preços do petróleo, que, nas mínimas da sessão, atingiram seus menores níveis desde 1º de outubro. Na semana, a commodity acumulou perdas de cerca de 8%.
A Vale (VALE3), por sua vez, sentiu o peso da queda de 1,55% do minério de ferro na Bolsa chinesa de Dalian e finalizou a sessão em baixa de 0,35%. Investidores acompanharam mais uma rodada de dados econômicos na China. O Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático teve expansão anual de 4,6% no terceiro trimestre, em linha com a previsão da FactSet, mas acima dos consensos do The Wall Street Journal e da Reuters, de 4,5% em ambos os casos. Os dados, porém, mostraram uma leve desaceleração ante o período anterior, que havia registrado alta de 4,7%.
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Já a produção industrial da China subiu 5,4% em setembro, ante igual mês do ano passado, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam aumento de 4,6%. As vendas no varejo do país asiático avançaram 3,2% na comparação anual de setembro. O consenso da FactSet era de aumento de 2,4%.
Para Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, apesar dos indicadores chineses terem vindo positivos, o mercado ainda está cético quanto ao potencial de recuperação sustentável do país asiático, com o real perdendo força em relação ao dólar à medida que surgem temores de deflação na China.
Na Bolsa brasileira, ações mais sensíveis aos ciclos econômicos (cíclicas) marcaram presença entre as principais baixas do Ibovespa hoje, pressionadas pelo avanço dos juros futuros em mais uma sessão. “Nas taxas, vemos um movimento de alta, que acompanha a valorização do dólar e a percepção de um risco fiscal maior. Fica claro, ao meu ver, que os investidores estão à espera de ações efetivas do governo em relação ao controle dos gastos públicos antes de baixar a guarda”, destaca Iarussi.
Em Nova York, os principais índices acionários fecharam em alta. Nasdaq subiu 0,63%, enquanto Dow Jones e S&P 500 tiveram ganhos de 0,09% e 0,40%, respectivamente. No cenário macroeconômico, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou nesta sexta-feira que se a alta de preços continuar desacelerando, como é provável, os cortes nas taxas de juros seguirão.
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O dólar hoje, por sua vez, finalizou o pregão em valorização de 0,69% a R$ 5,6989, depois de oscilar entre máxima a R$ 5,7029 e mínima a R$ 5,6304, com as divisas de países emergentes e exportadores de commodities pressionadas pela queda do petróleo e por incertezas em relação à economia chinesa.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Marfrig (MRFG3), LWSA (LWSA3) e Minerva (BEEF3).
Marfrig (MRFG3): +5,97%, R$ 14,55
As ações da Marfrig (MRFG3) lideraram os ganhos do Ibovespa hoje e finalizaram a sessão em alta de 5,97% a R$ 14,55, depois de o Goldman Sachs iniciar a cobertura da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,10. Em relatório, analistas do banco apontam que o início de cobertura tem como base a expectativa de que a alavancagem do grupo tenha uma melhora significativa nos próximos 18 meses.
A MRFG3 está em alta de 6,67% no mês. No ano, acumula uma valorização de 50%.
LWSA (LWSA3): +3,45%, R$ 4,5
Outro destaque positivo foi a LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, que avançou 3,45% a R$ 4,5. O Santander espera que a empresa de tecnologia reporte resultados “convincentes” no terceiro trimestre do ano, que serão conhecidos no dia 7 de novembro.
A LWSA3 está em alta de 7,66% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 25,12%.
Minerva (BEEF3): +3,12%, R$ 5,62
Quem também se saiu bem foram as ações da Minerva (BEEF3), que finalizaram a sessão em alta de 3,12% cotadas a R$ 5,62, seguindo o movimento positivo no setor de alimentos.
A BEEF3 está em baixa de 11,36% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,77%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Carrefour (CRFB3), Brava Energia (BRAV3) e Vivara (VIVA3).
Carrefour (CRFB3): -4,25%, R$ 6,98
As ações do Carrefour (CRFB3) registraram a maior queda do Ibovespa hoje, encerrando o pregão em baixa de 4,25% a R$ 6,98, após o Bank of America (BofA) estimar que os papéis da empresa sejam excluídos na próxima revisão do índice MSCI Brasil, que será anunciada em 6 de novembro, para entrar em vigor no dia 26 do mesmo mês.
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A CRFB3 está em baixa de 24,54% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 43,94%.
Brava Energia (BRAV3): -3,53%, R$ 16,95
Entre os destaques negativos, estiveram as ações da Brava Energia (BRAV3), que cederam 3,53% a R$ 16,95, em linha com o recuo dos contratos futuros de petróleo no exterior.
A BRAV3 está em baixa de 3,86% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 34,73%.
Vivara (VIVA3): -3,15%, R$ 26,16
Outro destaque negativo do Ibovespa hoje foi a Vivara (VIVA3), que recuou 3,15% a R$ 26,16, pressionada pelo avanço dos juros futuros no pregão.
A VIVA3 está em baixa de 2,86% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 22,35%.
*Com Estadão Conteúdo
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