

O Ibovespa hoje abriu em queda de 0,65%, aos 129.514 pontos nesta terça-feira (22). A abertura de negócios ocorre de olho no início da temporada de balanços no Brasil. No exterior, discursos de presidentes de bancos centrais ganham destaque – veja aqui a agenda completa do dia.
A cautela predomina nos mercados internacionais, trazendo baixa tração às bolsas europeias e às de Nova York, o que pode penalizar o principal índice da B3 hoje. Na véspera, o índice alternou altas e baixas ao longo do período e terminou o dia com oscilação ligeiramente negativa, de 0,11% – veja.
Há mais de um mês o Índice Bovespa oscila em um intervalo estreito, entre 129 e 133 mil pontos, o que revela, segundo analistas, a pouca atratividade do mercado diante das incertezas dos cenários interno e externo. Para esta semana, no entanto, profissionais esperam maior movimentação do índice por conta de movimentos localizados entre empresas e segmentos econômicos.
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Nesta terça-feira, se inicia a temporada de balanços brasileira do terceiro trimestre. A Neoenergia (NEOE3) faz sua estreia após o fechamento do mercado. No exterior, os resultados da 3M Company (MMMC34) e os números da General Motors (GMCO34) vieram acima das expectativas de lucro e receita.
Ainda no exterior, acontecem discursos de presidentes dos bancos centrais, incluindo a da Europa (BCE), Christine Lagarde, da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, e do Brasil (BC), Roberto Campos Neto.
O que mexe com o Ibovespa hoje
Bolsas internacionais
O tom é negativo nas bolsas europeias e em Nova York com o persistente avanço dos rendimentos dos bônus europeus e dos Treasuries (títulos da dívida americana).
Investidores seguem focados nas eleições nos EUA, em dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e indicadores, que têm sugerido corte comedido de juros no país neste ano. Vem crescendo a aposta em redução total de 25 pontos-base até dezembro e também de manutenção, embora 50 pb siga majoritário no CME Group.
A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse esperar mais cortes este ano, enquanto Jeffrey Schmid, de Kansas City, defende evitar movimentos desproporcionais nas reduções de taxas.
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As pesquisas eleitorais mostram que o republicano Donald Trump está subindo nas intenções de voto. Na plataforma Polymarket, ele aparece com 63% contra 37% da democrata Kamala Harris.
Commodities
O petróleo segue em recuperação, subindo em torno de 1,00%, com os EUA tentando convencer Israel a renovar um acordo de cessar-fogo no Oriente Médio. Já o minério de ferro fechou em queda de 0,58% em Dalian, na China.
O American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subia 0,28%, apesar do minério, enquanto o da Petrobras (PETR3; PETR4) ganhava 0,14% às 10 horas, acompanhando o petróleo.
- Confira a agenda das principais empresas do mercado corporativo hoje nesta matéria
Mercado brasileiro
A arrecadação será acompanhada em meio a preocupações com o quadro fiscal, em especial no câmbio e juros. A mediana esperada no mercado é de R$ 201,50 bilhões em setembro, após R$ 201,622 bilhões em agosto – um ganho real anual de cerca de 10,7%, ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A equipe econômica ganhou reforço no Congresso na defesa da revisão dos pisos da educação e da saúde, mas a ideia de enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema perdeu tração no governo e não deve ser incluída no pacote de revisão de gastos orçamentários este ano. A mudança é necessária ou o chefe do Executivo, a partir de 2031, não terá “a menor margem para governar o País”, diz o relator do Projeto da LDO de 2025, senador Confúcio Moura (MDB), e que pode repercutir no Ibovespa hoje.
*Com informações do Broadcast
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