Al Pacino, o icônico astro de Hollywood conhecido por papéis marcantes como Michael Corleone em “O Poderoso Chefão”, revelou em sua autobiografia, “Sonny Boy”, uma parte menos glamorosa de sua vida: a luta contra problemas financeiros que o levaram da riqueza à falência.
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No livro, ele detalhou como um descontrole nos gastos, a confiança em assessores financeiros desonestos e uma certa apatia em relação a questões monetárias o levaram a perder uma fortuna estimada em US$ 50 milhões. O ator, que agora aos 84 anos segue em atividade, confessa ter vivido acima de suas possibilidades por anos, permitindo que terceiros administrassem suas finanças de forma imprudente.
Segundo a Business Insider, o ator revelou ter enfrentado desafios desde o início de sua carreira, quando uma disputa contratual com a MGM Studios o deixou endividado. A empresa o processou por atuar no filme de Francis Ford Coppola enquanto já havia sido aceito outro papel numa comédia sobre a máfia. A disputa gerou uma dívida de US$ 15 mil em honorários advocatícios.
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Com isso, Pacino contou que se reuniu pessoalmente com o chefe do estúdio para negociar o fim dos processos. “Eu disse: ‘Eu não tenho nenhum dinheiro, e eu tenho que continuar pagando por advogados porque você continua me processando’”, escreveu. O conflito foi resolvido com uma oferta da empresa: o estúdio teria prioridade sobre futuros projetos do ator.
Durante as décadas seguintes, Pacino acumulou uma fortuna estrelando sucessos como Heat e Donnie Brasco. Contudo, ao longo dos anos, ele negligenciou suas finanças, confiando cegamente em um contador, que mais tarde seria preso por fraude e, só assim percebeu o problema que tinha.
“Eu estava falido”, escreveu Pacino. “Eu tinha US$ 50 milhões, e então não tinha mais nada. Eu tinha propriedades, mas não tinha nenhum dinheiro.”
A situação se agravou ao descobrir que seu contador não apenas desviava dinheiro, mas havia sido condenado por liderar um esquema Ponzi e sentenciado a sete anos e meio de prisão. O ator admitiu ter evitado lidar com as finanças por acreditar que era “velho demais para aprender” e que o sistema era complicado demais para ele.
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Ainda de acordo com o portal Business Insider, para recuperar o dinheiro, Pacino tomou medidas drásticas. Ele vendeu uma de suas casas, passou a vender café e participar de seminários. Além disso, aceitou papéis em filmes menos prestigiados, como Jack e Jill, com Adam Sandler, atraídos por pagamento generoso. “Eles me pagaram muito bem”, justificou.
Al Pacino não foi o único a ver uma fortuna escapar. Outros ícones, como Michael Jackson, Mike Tyson, Diego Maradona e 50 Cent, enfrentaram dificuldades financeiras semelhantes. A falta de preparo para lidar com grandes ganhos, especialmente no início da carreira, é apontada como uma causa comum para essas quedas.
Colaborou: Gabrielly Bento.
